Ajudar
uma criança a ser independente é contribuir para o seu crescimento
pessoal. Isso requer muito trabalho, carinho e dedicação. Um
bichinho quando nasce, e é amamentado, depois do desmame, pode viver
sem sua mãe, mas você já deve ter percebido que isso não acontece
com as crianças, embora a cada dia que passa, elas pareçam nascer
mais espertas. Pois é, isso faz com que muitos adultos pensem que
por serem espertas, e certamente inteligentes, precisam muito pouco
dos adultos. Afinal, muitas crianças lidam com controles remotos e
computadores muito melhor do que seus pais. Desde bebê, a criança
necessita de ajuda e estimulação para tornar -se independente e com
isso estar preparada para interagir com o meio em que vive. Já que
um dia elas terão que conviver sozinhas, como por exemplo, na
festinha do amigo ou no cinema com a(o) namorada(o), por isso,
precisamos pensar no seu futuro.
Nada
é mais gratificante para a família que ver seu filho fazendo
gracinha, sentando sozinho, andando, falando, etc... só que tudo tem
seu tempo e hora certa. Não se deve queimar etapas. Muitas vezes a
criança é estimulada precocemente porque seus pais ficam ansiosos
em mostrar o que a criança já sabe ou pode fazer. A independência
e estimulação da criança deve estar relacionada com sua idade, e
adequada com suas condições físicas e psicomotoras. Por isso,
produtos feitos para crianças são projetados e adaptados de acordo
com a idade, como por exemplo: mordedores, mamadeiras com colher,
andador com telefone, tapetes de encaixe e, por aí vai. A medida que
ela cresce, vai experimentando e desenvolvendo possibilidades em
lidar com situações novas de tudo que lhe é oferecido e que está
ao seu redor. É aí que começa o trabalho e a disponibilidade da
família em compartilhar com a criança suas descobertas. Um bom
exemplo disso, é quando aprende a comer sozinha. Numa fase anterior,
a criança precisou levar o dedo ou um brinquedo na boca, assim, ela
aprendeu que pode coordenar seu movimentos para levar a colher até a
boca e que isso dependerá dela. Tarefa difícil para quem tem que
acertar a pontaria sem deixar cair um ou muitos grãozinhos. Tarefa
difícil também, para quem tem que, vira e mexe, limpar todos esses
grãozinhos do chão. Além da angústia da bagunça, a mãe fica
preocupada em saber se isso é natural e se seu filho está bem
alimentado. Então o que fazer? O melhor, é usar duas colheres: uma
para a criança aprender e a sua para alimentá-la e ensiná-la a
comer.
Essa
participação acontece em todas as fases como sentar, falar, com os
cuidados pessoais. Quando bem vivida essas fases, passam a ter uma
relação de troca muito agradável para a criança e igualmente para
quem está cuidando dela. Em geral, famílias ansiosas dificultam a
criança a tornar-se independente porque tendem a fazer por ela,
aquilo que ela pode fazer sozinha, embora de forma desajeitada. A
criança independente relaciona-se melhor com o mundo, por isso, na
menor manifestação de interesse da criança em fazer algo sozinha,
os pais devem incentivá-la, ao invés de querer fazer por ela e nem
exigir perfeição. Curta seu filho e, acredite no seu bom senso.
Fonte:
http://guiadobebe.uol.com.br/a-contribuicao-da-familia-para-a-independencia-da-crianca/
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