quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dez razões para parar de fumar


1 - Após 6 horas sem fumar, a pressão e o coração se normalizam.  Após 30 dias, estão completamente normais;

2 - Após 1 dia sem cigarro, o pulmão funciona melhor;

3 - Após 2 dias sem fumar, o olfato e o paladar sofrem uma significativa melhora;

4 - Após 3 semanas, os exercícios físicos ficam mais fáceis de serem executados;

5 - A circulação sanguínea melhora após 2 meses sem cigarro;

6 - Após 3 meses, o número de espermatozoides normaliza e há um significativo aumento em sua qualidade;

7 - Após 1 ano o risco de problemas cardíacos está reduzido;

8 - Após 5 anos sem fumar, o risco de problemas no coração são iguais aos de uma pessoa que nunca tenha fumado;

9 - Dentes, mãos e pele clareiam após o término do vício;

10 - Aumento da qualidade de vida, disposição e humor.


Fonte: Revista Cyber Mondo Ciência e Tecnologia - Ano1 nº2

Luciana Maria Alves





domingo, 26 de agosto de 2012

SER PSICÓLOGO


"Ser psicólogo é uma imensa responsabilidade.
Não apenas isso, é também uma notável dádiva.
Desenvolvemos o dom de usar a palavra, o olhar,
as nossas expressões, e até mesmo o silêncio.
O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos
para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar.

Ser psicólogo é um ofício tremendamente sério.

Mas não apenas isso, é também um grande privilégio.
Pois não há maior que o de tocar no que há de mais
precioso e sagrado em um ser humano: seu segredo,
seu medo, suas alegrias, prazeres e inquietações.

Somos psicólogos e trememos diante da constatação

de que temos instrumentos capazes de
favorecer o bem ou o mal, a construção ou a destruição.
Mas ao lado disso desfrutamos de uma inefável bênção
que é poder dar a alguém o toque, a chave que pode abrir portas
para a realização de seus mais caros e íntimos sonhos.

Quero, como psicólogo aprender a ouvir sem julgar,

ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem.
Mesmo na contra-esperança, esperar.
E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra,
do conselho, da minha sinalização.
Que as lágrimas que diante de mim rolarem,
pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas,
sejam segredos que me acompanhem até o fim.

E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de

ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes.
O privilégio de tantas vezes ter sido único na vida de alguém que
não tinha com quem contar para dividir sua solidão,
sua angústia, seus desejos.
Alguém que sonhava ser mais feliz, e pôde comigo descobrir
que isso só começa quando a gente consegue
realmente se conhecer e se aceitar."

Walmir Monteiro

 Dia 27 de agosto é comemorado o dia do Psicólogo. 
Parabéns a todos os profissionais.
Izabel e Luciana

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A CRIANÇA HIPERATIVA




A hiperatividade confunde pais, professores e médicos.
Se não for diagnosticada nem tratada adequadamente,
a doença vira tormento para a criança
e para quem vive em torno dela.
 
Hiperatividade é um termo corrente para um comportamento irrequieto, superexcitado e infeliz. Além da criança não conseguir fixar a atenção em uma atividade por mais de alguns minutos, os hiperativos sobem em móveis, falam compulsivamente, vivem perdendo material escolar e não suportam bem frustrações.

Ser mãe de um hiperativo é muito difícil, tem que conviver com uma criança que não responde ao que é ensinado, vive derrubando as coisas... é impossível não ficar irritada.


Nem toda criança que é agitada deve ser rotulada de hiperativa. A agitação pode ser resultado de problemas comportamentais ou manifestações de outras doenças graves, como autismo, hipertireoidismo e até depressão infantil.


Os sintomas da criança hiperativa aparecem, no máximo, até os sete anos.


Alguns sintomas do hiperativo:
  • Dificuldade de organizar tarefas
  • Descuido nas tarefas escolares ou em outras atividades
  • Não consegue enxergar detalhes
  • Dificuldade em se concentrar em tarefas ou brincadeiras
  • Parece não ouvir o que lhe dizem
  • Reluta em iniciar tarefa que exige grande esforço mental
  • Perde com freqüência objetos de uso diário, como material escolar e brinquedos
  • Distrai-se facilmente
  • Inquietação constante
  • Fala o tempo todo, começa a responder perguntas que ainda não foram completadas
  • Tem dificuldade de esperar sua vez em jogos ou situações em grupo, interrompe a conversa dos outros
Como lidar com o hiperativo?
  • Estabelecer limites
  • Repetir a mesma instrução várias vezes sem perder a paciência
  • Elogiar o que a criança faz certo
  • Não encher o quarto de bichos de pelúcia nem de quadros nas paredes
  • Limitar o número de brinquedos disponíveis para evitar distração
  • Prefira copos e pratos de plástico e evite encher a sala de bibelôs ou vasos de vidro, pois quase todo hiperativo tem problema de coordenação motora
  • Na sala de aula, o hiperativo deve sentar-se longe da janela, de preferência nas primeiras fileiras, para diminuir as distrações
Embora a hiperatividade não tenha cura, ela pode ser controlada com tratamento psicoterápico, prática de atividades físicas e, nos casos mais graves, medicamentos estimulantes ou antidepressivos.
O remédio melhora a concentração e, assim, facilita o aprendizado de crianças hiperativas. Mas tem efeito colateral e, por isso, só deve ser usado quando a psicoterapia não for suficiente para ajudá-las a levar uma vida normal.
 Fonte:
 http://www.clubedobebe.com.br/palavra%20dos%20especialistas/psi-daniela-04-01.htm

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O Que é Amor e o Que é Paixão?


Dizem que a condição de apaixonado é uma característica sobre-humana.   Por conseguinte, o ser humano é normalmente incapaz de lidar com ela.  É um estado extasiante para um Homo Sapiens comum.

Enquanto amar é conviver com a realidade do outro, com suas falhas, magnificências, defeitos, virtudes, o ficar apaixonado é sentimento súbito; vê-se instantaneamente na outra pessoa tudo aquilo que desejamos possuir e reter.

Os poetas e os romancistas conseguem criar extraordinários escritos em nome da paixão e chegam a afirmar que “Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando a paixão dele toma conta”.  Alguns dizem até ser aquilo que vivenciamos, quando estamos apaixonados, o nosso estado normal.  O amor mostra aos homens e às mulheres como eles deveriam ser sempre, escreveu o russo Anton Tchekhov. 

Encontrando-me neste dilema, sem entender o que é amor e o que é paixão, socorreu-me o velho amigo dicionário Aurélio.

Nele, o verbete Amor significa: “sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba também, atração física”. Paixão: é “emoção levada a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão”. 

Mas não importa o que sei ou o que dizem, mas sim o que sinto.

Acredito que a paixão seja visceral – com um grande componente sexual.  O amor é intelectual.  Paixão e amor podem ser, cada um, início ou fim do outro.  Ou podem não ser?  Mais importante do que qualquer teoria, etimologia, dicionário ou ciência humana, é quando você disser “eu te amo”, independente da fase existencial pela qual esteja passando, dizê-lo com muita certeza da aspiração de juntos envelhecerem...

E saber:
- que você não pode exigir, a cada momento, paixão e amor e compreensão; ninguém pode controlar suas emoções.

- que você deve permanecer fiel à paixão da vida, apesar de ela ser composta por uma infinidade de ilusões que servem de analgésico para a alma. 

- que as paixões são como as ventanias que enfunam as velas dos barcos, fazendo-os navegar, embora por vezes possam fazê-los naufragar; mas se não fossem elas, não existiriam viagens nem aventuras, nem novas descobertas. 

- que você deve perguntar e continuar perguntando; quem sabe de todas as respostas ultrapassou a velhice.

Assim, aos meus quase 80 anos, continuo ainda sem saber o que é Amor e muito menos o que é Paixão. 

Se alguém souber, por favor, me avise... 

Obrigado. 


Meraldo Zisman









quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O amigo imaginário

           
           O amigo imaginário é um personagem criado por crianças de dois a cinco anos de idade. O objetivo da criação de tal amigo é auxiliar o desenvolvimento, a compreensão de fatos e a elaboração de sentimentos que ocorrem em diferentes situações, funcionando como refúgio ou ainda como válvula de escape. De acordo com a necessidade da criança, o amigo imaginário ganha diferentes características. 

            O amigo imaginário ajuda a criança a lidar com: 

Mudanças de hábitos,
Ansiedade,
Estresse,
Medo,
Perdas,
Angústia, 

            Além de outras situações que fragilizam o psicológico. Diante de tais situações, a criança busca um amigo para lhe amparar, sendo que esse pode ser invisível, totalmente criado ou personificado por algum brinquedo ou objeto utilizado para dar vida ao amigo. 

            O comportamento dos pais diante da atitude da criança em criar e se relacionar com um amigo imaginário deve se basear na compreensão e no respeito, já que tal atitude por parte da criança é normal. Esse fato, apesar de respeitado, não deve ser estimulado, evitando que o imaginário ganhe força no ponto de vista da criança. Não se pode ridicularizar a criança e nem questioná-la acerca da existência de tal amigo, para que ela não se sinta ofendida. 

            O estado de alerta dos pais deve se manifestar quando o amigo imaginário passa a influenciar a vida da criança, participa de todas as atividades dela e ainda passa a prejudicar o relacionamento da criança com outras da mesma idade e com os pais. Ainda deve ser estudado se na adolescência o amigo imaginário ainda existir, pois aos seis anos, aproximadamente, o amigo imaginário é substituído por um amigo real, além disso, o adolescente já pode manifestar suas vontades e necessidades.

http://www.brasilescola.com/psicologia/amigo-imaginario.htm

Um meio ou uma desculpa



“Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.  O sucesso é construído à noite!  Durante o dia você faz o que todos fazem.  

Mas, para obter um resultado diferente do da maioria, você tem de ser especial.  Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.  Não se compare a maioria, pois, ela não é modelo de sucesso.  

Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chopp com batatas fritas.  

Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão.  

Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol na beira da piscina.  

A realização de um sonho depende da dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível de perdedores, pois...

Quem quer fazer alguma coisa encontra um meio.

Quem não quer fazer nada encontra uma desculpa".



Roberto Shinyashiki  




terça-feira, 14 de agosto de 2012

Disposição Pessoal




A forma como percebemos as coisas ao nosso redor estão ligadas a nossa percepção, ao nosso sistema de valores e, até mesmo, a nossa hereditariedade.  Por isso, tudo pode nos deixar felizes ou mesmo estressados, até mesmo acontecimentos felizes, tais como casar, ganhar na loteria ou encontrar um ente querido após uma longa ausência.

Uma mesma situação pode ser percebida de modo totalmente diferente entre dois indivíduos, ou seja o que parece bom para uma pessoa pode ser muito ruim para outra. Um farol vermelho pode ser interpretado por uma pessoa como um objeto útil para disciplinar o trânsito, enquanto para outra pessoa pode significar uma fonte de irritação.  

Além do mais, a mesma pessoa pode perceber e reagir de forma diferente diante das mesmas situações em momentos diferentes, dependendo do estado emocional geral.  

Nossos pensamentos e sentimentos muitas vezes caminham soltos e  manifestamos nossas emoções com coisas que só existem em nossa imaginação. 

A maneira como pensamos sobre nosso passado e imaginamos nosso futuro é a forma pela qual desencadeamos emoções que podem aumentar ou diminuir nossa disposição pessoal.  Reviver lembranças desagradáveis, imaginar situações ameaçadoras ou visualizar o presente ou o futuro com apreensão, ansiedade ou medo, conduz à reação de estresse que muitas vezes nos paralisa e nos impede de buscar a realização de nossos desejos e sonhos.

Na vida prática, vemos algumas pessoas naturalmente ansiosas que reagem de forma negativa aos estímulos apresentados pela vida.  Por exemplo, a tarefa de ter que falar em público. Há pessoas que identificam esse compromisso como sendo altamente estressante, enquanto outras não.  Essas pessoas podem estar ansiosas devido à insegurança, o temor, à auto-estima um tanto baixa, falta de auto-confiança, entre outros.

Felizmente, o inverso também é verdadeiro, uma vez que temos a possibilidade de fazer um bom uso da nossa imaginação.  Enquanto os pensamentos negativos e produtores de ansiedade conduzem ao estresse, a imaginação de situações agradáveis e pensamentos positivos têm um efeito benéfico sobre o corpo produzindo uma sensação de bem-estar.

Luciana Maria Alves





sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Simplesmente, pai!



Nos dias atuais as características dos pais estão mudando.  Já não são tão distantes e relapsos.  Passaram a encarar a paternidade sem o temor da responsabilidade, da radicalidade machista.  Percebem o fato de ser tão importante para o filho quanto a mãe, dividindo a educação com igualdade participativa.

Deixaram de ser somente provedores e de assistir a distância o crescimento dos filhos.  Acompanham de perto suas conquistas e suas derrotas.  Hoje se fazem mais presentes, são atuantes, trazendo para seus filhos a figura paterna participativa desde os seus primeiros dias de vida.

Ser pai é ter no filho o espelho de tudo o que queríamos para nós, e lutamos para que nos superem em tudo e, também, para que mantenham sua individualidade.  Hoje, ser pai não é só ceder um espermatozoide para atingir a posteridade e ser um eterno coadjuvante.  É ser também mãe, "pãe", quando se faz necessário.  É ir para o fogão preparar a mamadeira, acalentar o bebê quando as dores na barriga o incomodarem, trocar as fraldas sempre que preciso for, aconselhar nas crises e respeitar as decisões por eles tomadas.  Estejam certas ou não.  Decididamente, ser pai deixou de só ser simplesmente dizer um sim ou um não.

Ser pai é acima de tudo, ser amigo, educar com maestria, carregar no colo, mostrar o lado bom e o lado ruim da vida, orientar e ensinar para seu rebento que tudo pode ser melhor, sempre que houver dedicação naquilo que se fizer.

Por outro lado, nem sempre o bom pai é na verdade o biológico.  Às vezes o carinho, a dedicação e o amor com que os pais adotivos tratam seus filhos supera em muito o de certos pais biológicos. 

Ser pai é também saber dizer não e ser firme quando preciso, mesmo que isso cause intensa dor, decepcione, desde que seja no intuito de educar o filho, mostrando que na vida tudo tem um limite e que devemos respeitá-lo sempre.
  
Na verdade o bom pai tem de ser um exemplo claro de retidão de caráter.  É nele que se espelhará o filho, será nos seus atos que ele balizará seus valores e caráter.  Comprovadamente um filho pode não escutar, assimilar o que um pai fala, mas com certeza jamais esquece das sua atitudes.

Ser pai é estar presente em todas as situações, não ser omisso, amparar quando preciso for e também comemorar, rir, chorar.  Chegar junto.  Estar. Não importa qual situação esteja, seja.

Encare esse desafio com amor, carinho e dedicação.  Dê banho, leve para passear, conte historinhas, brinque, role na areia, seja atrapalhado, às vezes até mal humorado.  Enfim, seja amigo, companheiro, confidente e, acima de tudo, aprenda a dizer eu te amo, aprenda a fazer e demonstre seu carinho.  

Ser pai é tarefa de persistência e vigilância sobre si todo tempo mesmo.  Afinal, filho é responsabilidade sua e é para toda vida...

Seja especial para alguém tão especial na sua vida.  

Seja simplesmente Pai.



Luis Carlos Mordegane





segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Impaciência



“Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma/ até quando o corpo pede um pouco mais de alma/ A vida não para. Enquanto todo mundo espera a cura do mal/ e a loucura finge que isso tudo é normal/ Eu finjo ter paciência./ O mundo vai girando cada vez mais veloz/ a gente espera do mundo e o mundo espera de nós/ Um pouco mais de paciência”. (Lenine)


Andando na rua percebemos o quanto as pessoas estão impacientes. Vemos a agitação no trânsito, nas pessoas nas calçadas e em todos os lugares.

Quando converso com meus pacientes percebo que as palavras mais usadas quando proponho alguma coisa é “não tenho tempo”. Somos impacientes por natureza queremos tudo para ontem e nos ocupamos cada dia mais.

Quando era criança estudava e brincava, agora vejo um mundo em que as crianças tem atividades extra-curriculares em todos os dias da semana e que quando crescem mantem esse ritmo de atividades.

A impaciência é geral! Ela está na fila do mercado, banco, teatro, no trânsito, mas principalmente se instalou no trato entre as pessoas.  Estamos impacientes em lidar com quase todas as situações à nossa volta.

Mas a impaciência não é tão negativa porque ela muitas vezes nos move em direção ao que queremos e nos faz buscar a realização de sonhos.  O que realmente atrapalha é a ansiedade.

Então o que fazer?  Em primeiro lugar aceitar que nem tudo é da forma que gostaríamos que fosse.  Em segundo lugar aceitar que problemas fazem parte da vida e que o melhor a fazer é resolvê-los com calma, refletindo em busca da melhor forma de concretizar nossos desejos.

Luciana Maria Alves



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A difícil arte de dizer não aos filhos



Você costuma dizer "não" aos seus filhos?

Considera fácil negar alguma coisa a essas criaturinhas encantadoras e de rostos angelicais que pedem com tanta doçura?

Não é fácil dizer não aos filhos, principalmente quando temos os recursos para atendê-los.  Afinal, nos perguntamos, o que representa um carrinho a mais, um brinquedo novo se temos dinheiro necessário para comprar o que querem?  Por que não satisfazê-los?  

Se podemos sair de casa escondidos para evitar que chorem, por que provocar lágrimas?

Se lhe dá tanto prazer comer todos os bombons da caixa, porque fazê-lo pensar nos outros?

E, além do mais, é tão fácil e mais agradável sermos "bonzinhos"...

O problema é que ser pai é muito mais que apenas ser "bonzinho" com os filhos.  Ser pai é ter uma função e responsabilidade sociais perante os filhos e perante a sociedade em que vivemos.

Portanto, quando decidimos negar um carrinho a um filho, mesmo podendo comprar, ou sofrendo por lhe dizer "não", porque ele já tem outros dez ou vinte, estamos ensinando-o que existe um limite para o ter.  Estamos, indiretamente, valorizando o ser.

Mas quando atendemos a todos os pedido, estamos dando lições de dominação, colaborando para que a criança aprenda, com nosso próprio exemplo, o que queremos que ela seja na vida: uma pessoa que não aceita limites e que não respeita o outro enquanto indivíduo.

Temos que convir que, para ter tudo na vida, quando adulto, ele fatalmente terá que ser extremamente competitivo e provavelmente com muita "flexibilidade" ética, para não dizer desonesto.  Caso contrário, como conseguir tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer "não" se nunca lhe fizeram crer que isso é possível e até normal?

Não se defende a ideia de que se crie um ser acomodado sem ambições e derrotista.  De forma alguma.  É o equilíbrio que precisa existir: o reconhecimento realista de que, na vida às vezes se ganha, e, em outras, se perde.

Para fazer com que um indivíduo seja um lutador, um ganhador, é preciso que desde logo ele aprenda a lutar pelo que deseja sim, mas com suas próprias armas e recursos, e não fazendo-o acreditar que alguém lhe dará tudo, sempre, e de "mão beijada".

Satisfazer as necessidades dos filhos é uma obrigação dos pais, mas é preciso distinguir claramente o que são necessidades do que é apenas consumismo caprichoso.

Estabelecer limites para os filhos é necessário e saudável.  Nunca se ouviu falar que crianças tenham adoecido porque lhes foi negado um brinquedo novo ou outra coisa qualquer.  Mas já se teve notícias de pequenos delinquentes que se tornaram agressivos quando ouviram o primeiro não, fora de casa.

Por essa razão, se você ama seu filho, vale a pena pensar na importância de aprender a difícil arte de dizer não.

Vale a pena pensar na importância de educar e preparar os filhos para enfrentar tempos difíceis, mesmo que eles nunca cheguem

***

O esforço pela educação não pode ser desconsiderado.

Todos temos responsabilidades no contexto da vida, nas realizações humanas, nas atividades sociais, membros que somos da família universal. 

Autor: (Do livro "Repositório de Sabedoria" vol I, Educação)