quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Halloween ou Dia do Saci?


Ainda que para os brasileiros o Dia das Bruxas não tenha nem de perto a mesma relevância que tem na tradição americana, o Halloween vem ganhando adeptos ano a ano. A divulgação começou nos cursos de inglês, trazendo elementos culturais americanos, pois lá o Halloween é uma das festas mais importantes do ano. Seu o início foi isolado e discreto, e foi aumentando ano a ano e o impulso final para a popularização da festa foi dado pelo comercio. No mês de outubro cada vez mais lojas são tomadas por produtos de Halloween.

A comemoração do Dia das Bruxas no Brasil, é recente - mas nem por isso bem vinda. Em contraposição ao Dia das Bruxas, foi criado no Brasil um projeto de lei que institui o Dia do Saci, comemorado também dia 31 de outubro, uma iniciativa apoiada por artistas, educadores, políticos e uma parcela da sociedade. A ideia é de se homenagear o personagem do folclore nacional mais conhecido e descrito na literatura. O Saci, ou Saci-pererê, que é uma figura bastante popular e teve sua origem entre os indígenas no Sul do país. Em algumas regiões, o Saci surge como um ser maléfico, em outras, como somente brincalhão ou gracioso. Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana transformou o Saci em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também, da cultura africana, o pito, uma espécie de cachimbo, da mitologia européia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo, ser encantado do folclore do norte de Portugal, especialmente da região de Trás-os-Montes. Rebeldes, de pequena estatura, os trasgos usam gorros vermelhos e possuem poderes sobrenaturais que fazem travessuras, principalmente de noite, dentro das casas.

Para a maioria das crianças e adolescentes, no entanto, as discussões acerca da tradição do dia 31 de outubro não têm relevância. Independentemente da origem e da celebração, o importante é comemorar e sair da rotina escolar, que a esta altura do ano já deixou cansada a maioria dos estudantes. O Halloween já se tornou uma data muito esperada e recebida com alegria pelos estudante nas escolas, e também muito comemorado fora dela, em salões, residências e condomínios. O Dia do Saci, por sua vez, é pouco comemorado e divulgado.

Para a maioria das crianças e jovens, o importante é comemorar. Quanto mais motivos tiverem para a festa, melhor.

Izabel Rocha

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

FOBIA ESCOLAR



A recusa escolar (recusa em enfrentar a escola) é uma queixa que pode refletir o problema do adolescente. Pode ou não caracterizar uma fobia escolar que é o medo exacerbado que a criança ou adolescente sente em ir para a escola. Pode se revelar primeiramente como uma recusa em se deslocar para o ambiente escolar, inventando desculpas, o que termina por evitá-lo. Muitas vezes apresenta-se com sintomas psicossomáticos (enjoo, dor de cabeça, mal-estar, vômitos, entre outros). 

Muitos fatores podem desencadear a recusa ou a fobia escolar, como por exemplo: separação dos pais, morte de familiar, mudança de casa ou escola ou mesmo um doença que faz com que deixe de ir às aulas por um período de tempo. 

Principais características a serem avaliadas: 
* Recusa escolar; 
* Sai para a escola e volta para casa antes ou logo depois de chegar lá; 
* A criança fala explicitamente que está com medo de sair de casa ou de frequentar a escola; 
* “Disfarce somático” (dor de cabeça, dor de estômago, mal-estar ou taquicardia) antes de sair ou ao chegar à escola; 
* Ausência de queixas nos finais de semana ou feriados: 
* Quando são forçadas a comparecerem à escola, apresentam lágrimas, protestos, acessos de raiva ou resistência física: 
* As crianças não fazem segredo de sua ausência. 

Uma das formas de tratamento para este transtorno é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), cuja abordagem ajudará a criança ou adolescente a pensar e agir de forma diferente por meio de técnicas específicas aplicadas para as dificuldades de cada uma. 

Em caso de gravidade é importante uma avaliação psiquiátrica e a introdução de medicamentos. 

Podemos constar aqui também a importância de um rápido retorno ao período completo na escola, terapia familiar e aliança com o sistema educativo. 

O tratamento pode trazer grande alívio pois com as crises sob controle, o trabalho deve voltar-se para mudanças no autoconceito e no enfrentamento social. 


Luciana Maria Alves

Fonte: Psiquiatria Infantil (Robert Goodman)

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O laço e o abraço


"Meu Deus! Como é engraçado.
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço.
Uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não embola.
Vira, revira, circula e pronto, está dado o laço.
É assim que é o abraço (...)
Ah, então é assim o amor, a amizade, tudo que é sentimento.
Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, 
mas não pode se desfazer a qualquer hora, 
deixando livre as duas bandas do laço.
Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga então se diz: romperam-se os laços.
Então o amor, a amizade são isso.
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço."


Mário Quintana




FELIZ DIA DO ABRAÇO
22 DE MAIO

Luciana e Izabel




quinta-feira, 9 de maio de 2013

DIVÓRCIO



Lindo texto de Arnaldo Jabor.  Vale muito a pena ler!

Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher. As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.

Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.

Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal “estabilidade do casamento” nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.

A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?

É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário se casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA – EXISTE COMPROMISSO, COMPROMETIMENTO E TRABALHO – é isso que salva casamentos e famílias.”


Arnaldo Jabor.





quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º de Maio - Dia do Trabalho



O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris.  A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho


Luciana Maria Alves





segunda-feira, 29 de abril de 2013

Autoconhecimento



Quanto mais você se conhece mais controle sobre suas emoções é capaz de ter.  Geralmente confiamos nas pessoas que mais conhecemos e amamos, então como podemos acreditar em nós mesmos se não nos conhecemos o suficiente?  Como podemos ir em busca dos nossos próprios sonhos se não acreditamos que somos capazes?

Ouço muito no consultório as pessoas dizerem que quando estão em relacionamentos sérios aparecem várias pessoas interessantes ao redor.  Isso é muito comum e acontece exatamente porque quando nos sentimos bem sorrimos mais, ficamos mais a vontade com nosso jeito e nossas ideias, temos um brilho no olhar que chama a atenção e faz com que sejamos notados.

Precisamos olhar para dentro de nós mesmos e fazer um verdadeiro inventário não só de nossas qualidades, mas também de nossos defeitos.   Quem somos e o que esperamos para nossa vida?  É essencial aqui reconhecer nossas limitações, medos e inseguranças pois só assim podemos lutar contra aquilo que nos incomoda.

Para encontrar o conhecimento de si mesmo é preciso iniciar com uma autoavaliação, esse momento único em que olhamos para dentro de nós mesmo. 

Existem vários caminhos para iniciar esse processo.  Você pode ler livros, conversar com pessoas que você acredita que estão no caminho certo e até mesmo recorrer a um psicólogo que pode ajudar a repensar sua história e encontrar o que todos buscamos: qualidade de vida.

Faça sua busca e seja feliz!



Luciana Maria Alves









segunda-feira, 8 de abril de 2013

Brincar é coisa séria


Brincar, para a criança, é tão importante e sério como trabalhar é para o adulto. Ou mais até, porque dificilmente encontramos um adulto tão dedicado ao seu trabalho como a criança o é à sua brincadeira. O trabalho é dirigido de fora, pelas necessidades e metas dos adultos. Brincar brota de dentro da criança. Brincando, a criança imita o trabalho, os gestos do adulto. Assim, ela descobre o mundo. Ela vivencia suas leis sem fazer conceitos lógicos sobre elas. Quando ela brinca com água, experimenta como se formam as gotinhas e vê como o sol brilha nelas. Ou joga pedrinhas numa poça d\'água e acompanha os círculos concêntricos que vão se abrindo cada vez mais até chegar na beirada. Ou faz um barquinho de bambu ou de casca de árvore e fica alegre quando este flutua. Isto tudo para a criança é pura vivência.

Se o adulto tenta levar estas experiências à consciência da criança, formulando com ela leis básicas de física, ele estraga a brincadeira, afastando a criança da ação e do movimento e separando-a do mundo ao qual ela ainda está totalmente unida. A criança pequena é inteiramente força de vontade. Ela só quer agir, transformar, brincar. Nunca para quieta.

Se o adulto apóia essa força de vontade, dando espaço para a criança brincar sadiamente, quando a criança se tornar adulta também terá vontade de agir e de transformar o mundo. Hoje em dia, muitas vezes só se dá valor à inteligência e, quando se pensa em educação, só se pensa em educação do pensar lógico. Mas o homem não é feito só de cabeça, ele também tem coração e membros. Ele não só pensa, como também sente e age. E, principalmente antes dos sete anos, podemos fortalecer a vontade de agir. O brincar não precisa ser dirigido pelo adulto, e os brinquedos devem permitir a criatividade, brinquedos automáticos ou eletrônicos tem menos possibilidade de transformar do que os que a própria criança constrói falas e pensamentos.

A criança que não brinca não tem como elaborar suas duvidas, angustias e medos, se ela não tem vontade de brincar pode significar problemas emocionais, e para os pais que não permitem que ela brinque é importante observar se não estão fazendo de seus filhos pequenos executivos com agendas ocupadas todo o tempo, da mesma forma que a criança tem horário para comer, dormir e ir à escola ela também precisa de tempo para brincar. 


                                                     Izabel Rocha




terça-feira, 26 de março de 2013

Automutilação





Automutilação é o dano permanente infligido por alguém a alguma parte do próprio corpo. Pode ser parte de certas alterações psiquiátricas ou de síndromes tradicionais nas quais a pessoa obtém algum alívio através de autoflagelação, sem que isso seja aceito pela cultura.

Hoje em dia vários jovens do mundo estão aderindo à uma espécie de Automutilação chamada de Cutting, que é a prática de se fazerem marcas no próprio corpo com estiletes, giletes e afins. Entre as hipóteses psicológicas que explicariam a prática do Cutting estaria a busca de uma forma de estar no controle da própria dor.

O jovem com esse transtorno sente alívio emocional cada vez que se machuca. Entre os frequentes ferimentos associados estão: esmurrar-se, chicotear-se; enforcar-se por alguns instantes; morder-se; apertar ou reabrir feridas; arrancar os cabelos; queimar-se; furar-se propositalmente com objetos ponteagudos, beliscar-se; ingerir agentes corrosivos e objetos; envenenar-se por overdose de remédios ou produtos químicos, sem intenção de suicídio; bater com a cabeça na parede; esmurrar superfícies duras 


Tratamento

O melhor é associar o tratamento medicamentoso e psicoterapia. 

A psicoterapia, nestes casos, tem como um dos objetivos ajudar o paciente a identificar outras formas de lidar com frustrações que sejam mais eficazes do que seu comportamento. Ainda não há medicação específica indicada para que o paciente pare de se automutilar, entretanto, a medicação pode ser indicada para alívio dos sintomas depressivos e ansiosos que podem colaborar para a manutenção do comportamento. 





Luciana Maria Alves




quinta-feira, 21 de março de 2013

Origem do Teatro






Segundo a Enciclopédia Britannica, a palavra teatro deriva do grego theaomai (θεάομαι) - olhar com atenção, perceber, contemplar (1990, vol. 28:515).  Theaomai não significa ver no sentido comum, mas sim ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado mais profundo; uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu objeto (Theological Dictionary of the New Testament vol.5:pg.315,706). 

Teatro é a arte de compor obras dramáticas ou de representá-las.  É a expressão da realidade, um instrumento de divergência, advertência, ensinamento, documentação e instrução. 

Ator, personagem e espectador são os elementos indispensáveis ao teatro. Se um deles não estiver presente, não há teatro.  Todos os outros componentes são opcionais, de acordo com a concepção do espetáculo. 

As informações sobre o nascimento do teatro são mais especulações antropológicas do final do século XIX e no início do XX. 

Embora não haja registros concretos, diz-se que a origem do teatro ocidental é Grega e teve seu início nas festas em honra a Dionísio ou Baco (Deus dos ciclos vitais, da alegria e do vinho) na qual eram comemorados o retorno da primavera e a nova fertilidade dos campos.  Nessas festas, Dionísio era personificado na forma um bode, os gregos se fantasiavam com roupas de pele de cabra e folhas de parreira na cabeça, e andavam pelos campos em procissões e cânticos em honra de Dionísio (Ditirambos). 

Uma segunda hipótese diz que culturas mais primitivas se reuniam em torno de fogueiras e representavam acontecimentos de caçadas, guerras e ações de trabalho ou ainda rituais mágicos sagrados para agradar os deuses e imitação de ancestrais e deuses. 

Sabe-se ainda que, paralelamente ao surgimento do teatro na Grécia, na Grécia, os Egípcios, os Cretenses, os Chineses, os Indianos e outros povos já celebravam rituais similares. 



Fonte: www.desvendandoteatro.com




terça-feira, 12 de março de 2013

Adultos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)



Desatenção, impulsividade e hiperatividade são os principais sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.  Antigamente acreditava-se que somente crianças eram portadoras desses transtorno, mas hoje já se reconhece que o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma condição crônica, que persiste na vida adulta. 

Entre a infância, adolescência e a fase adulta há uma mudança no quadro clínico e nos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e, embora a hiperatividade e a impulsividade diminuam com o passar dos anos, as dificuldades de atenção persistem ao longo do tempo. 

Adultos com TDAH nem sempre são agitados, mas têm grandes dificuldades com a atenção, principalmente no que diz respeito a atividades pelas quais não têm muita ligação afetiva. São proteladores (deixam para depois) e procrastinadores por excelência, demoram a começar alguma coisa e quando começam não terminam. 

Tem na maioria das vezes um comportamento desatento, desconcentrado e facilmente distraído.  Normalmente ele é pouco persistente no que faz, tendo dificuldade em completar suas tarefas, a ponto de alguns deles nunca terem conseguido ler um livro até o final. 

Com um estilo de vida bastante desorganizado, normalmente esses pacientes esquecem de pagar contas em dia, são confusos e caóticos no trabalho, esquecem compromissos, não conseguem estabelecer prioridades.  Isso tudo acaba ajudando esses pacientes a se atrasarem com muita frequência nos compromissos. 

Em geral eles são impacientes, tomam decisões precipitadas e, muitas vezes, arrependem-se daquilo que fazem impulsivamente, são também inquietos e quase sempre estão procurando coisas para fazer. 

Tratamento 

Os médicos usam para adultos TDAH as mesmas medicações utilizadas com crianças.  Psicoestimulantes, tais como Ritalina, Adderal, Dexedrine e Concerta são os medicamentos de "primeira linha" (geralmente os mais eficazes e seguros). 

Somente a medicação em si não tornará o indivíduo mais pontual, bem organizado ou de mais fácil de convívio.   É preciso conciliar psicoterapia que ajudará na superação de hábitos e comportamentos auto-frustrantes. 

A Psicoterapia é especialmente útil para pacientes que junto com o TDAH possuem quadro de depressão e ansiedade.  Também pode ajudar adultos a lidar com a frustração e pode promover a melhora das habilidades sociais e na capacidade em lidar com as situações que aparecem. 


Luciana Maria Alves





segunda-feira, 4 de março de 2013

MEDO





Em nossa vida temos vários medos... Medo do bicho-papão, da Cuca, do Boi da Cara-Preta. E quando crescemos perdemos o medo desses monstros e os transformamos em outros maiores ainda. 

Temos medo de perder quem amamos. Temos medo de não realizar nossos sonhos. Temos medo de sermos rejeitados. Temos medo de perder o emprego. Temos medo de mostrar nossa felicidade, enfim... temos medo do MEDO. 

Mas o que é o medo? 

Medo é uma inquietação diante de um perigo real ou imaginário. 

O medo é necessário. É ele que nos faz tomar cuidado, por exemplo para não se machucar. Digamos que é uma proteção... um sinal de alerta. Situações reais de perigo exigem discernimento, mas o medo irracional deve ser enfrentado. 

O problema é quando exageramos no medo e deixamos de tomar decisões, fazer escolhas, arriscar. Colocamos as nossas inseguranças a frente e paralisamos nossa vida. 

Precisamos descobrir o que o medo significa para nós. Por exemplo, porque tenho medo de uma determinada situação? O que espero dela? Tenho medo de fracassar? O que meu inconsciente está registrando que me assusta e paralisa? 

Respondidas essas questões fica mais fácil enfrentar o medo. E se preciso for fazer e refazer escolhas. 



Luciana Maria Alves




domingo, 17 de fevereiro de 2013

Qual idade certa para aprender a ler?




Alfabetização é sinônimo de domínio da leitura e da escrita. Na realidade, esse domínio é o culminar de um longo processo. Para que uma criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de etapas de desenvolvimento, após as quais estará preparada para a aquisição das competências de leitura e escrita.

Se uma criança não estiver bem preparada, durante o processo de alfabetização poderá apresentar dificuldades relacionadas com a coordenação motora fina e com a orientação espacial. Dificuldades que se refletem em fatos como não conseguir segurar o lápis/caneta com firmeza ou como orientar a escrita no papel. Poderá ainda apresentar problemas na identificação dos fonemas e na sua associação aos grafemas (letras na escrita).

Crianças de 4 e 5 anos já podem participar de atividades educativas voltadas para a alfabetização desde que ninguém as obrigue a alfabetizar-se. Porém, ofereça-lhes todo tipo de estímulo para que entrem em contato e se interessem pela língua escrita.
O período considerado adequado para a alfabetização bem sucedida situa-se entre os 6 e os 7 anos. Trata-se de um processo que poderá durar até dois anos, dependendo da maturidade da criança, dos estímulos que recebeu por parte dos adultos e do seu ritmo próprio. Este é o período considerado adequado para que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita.

Dois fatores fundamentais determinam a rapidez e a facilidade com que a criança aprenderá a ler e a escrever: o estímulo da família e da escola; o desenvolvimento do seu sistema nervoso. No entanto, durante o processo de aprendizagem podem ser diagnosticadas várias dificuldades relacionadas com a linguagem oral e escrita: atrasos na linguagem, problemas de desenvolvimento, deficits aos níveis cognitivo, perceptivo e emocional, dificuldades de concentração e hiperatividade, entre outras.
Se a criança apresentar alguma dificuldade, é importante, com o conselho do(a) educador(a) / professor(a) encaminhar o caso para um profissional.

Para que a sua criança aprenda a ler e escrever sem dificuldade e para que, acima de tudo, goste de o fazer e explore os novos horizontes que essa aprendizagem lhe proporcionará, aqui ficam alguns pontos importantes:
  • É fundamental que a criança tenha uma boa auto-estima, segurança emocional e auto-confiança.
  • Valorize o que a criança diz. Conversar com ela será um bom estímulo para a linguagem, pensamento e inteligência.
  • Fale "corretamente" com a criança. Evite falar de forma infantil, abdique do "gugu-dadá", pois é importante que, desde cedo, ela se acostume a ouvir as palavras corretamente pronunciadas.
  • A família deve interessar-se pela vida escolar da criança. Tal traduz-se em ajudá-la com os trabalhos de casa (o que não é sinônimo de os fazer por ela), participar das reuniões da escola e falar com os professores, entre outros.
  • Incentive a criança a ler livros e/ou ver filmes (selecionados) mas sem se esquecer de definir um horário diário destinado ao estudo.
  • Incentive a criança a reconhecer padrões familiares (exemplo: marcas) em jornais e revistas; disponibilize-lhe papel e lápis para que ela os reproduza ou recrie.
  • Se o(a) professor(a)/educador(a) lhe disser que a criança tem dificuldade em acompanhar o ritmo das restantes ou que ela não presta atenção nas aulas, fique atento(a). Este comportamento poderá indicar uma eventual dificuldade. Analise a situação (as crianças também têm "fases" e o comportamento poderá ser a consequência de alguma alteração funcional e/ou emocional no seu cotidiano) e, se sentir que não domina a situação, procure orientação.

Izabel Rocha
Psicóloga

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Insônia


A insônia é definida como a dificuldade de iniciar ou manter o sono, ou como um sono que não tem sido reparador por um longo período. 

Sabe-se que muitas podem ser as causas desencadeantes da insônia, entre elas estão os fatores físicos e os fatores psicológicos. 

Essas causas aparecem ao longo da vida e apresentam-se por diversos motivos. 

Entre as causas físicas podemos considerar: alteração de horário padrão de sono, excesso de luz, cama desconfortável, alguma doença das vias respiratórias, a poluição sonora, ou seja, a vivência em ambientes com altos níveis de ruído, entre outras.

E nas causas psicológicas podemos considerar o estresse, excesso de preocupações, depressão, emoções, distúrbios psiquiátricos, etc.

A melhora pode ir desde a modificação dos hábitos inadequados para dormir até o tratamento da causa da insônia com medicamentos antidepressivos ou psicoterapia em alguns casos. 



Luciana Maria Alves





terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

História do Carnaval



O carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.

Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornando-a intolerável aos olhos da Igreja. 

Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança, que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos.

A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os “atos pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas.

Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas de forma semelhante à de hoje.

A festa foi grandemente adotada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das maiores comemorações do país. As famosas marchinhas carnavalescas foram acrescentadas, assim a festa cresceu em quantidade de participantes e em qualidade.



Fonte: Gabriela Cabral - Equipe Brasil Escola















sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Mudanças




Em meu trabalho acompanho todos os dias a dificuldade de mudar... a dificuldade de fazer novas escolhas. Mudar significa muitas vezes começar de novo. Repensar nossa história, sair do passado e viver um presente que nos leva a um futuro cheio de novidades. 

Quando pensamos em mudar estamos falando de uma TOMADA DE ATITUDE, que envolve mexer e remexer. Nosso problema nunca será o caminho, será sempre o modo de caminhar. Mudar nos assusta porque todas as escolhas que fazemos implicam em risco, ou seja, podemos ganhar ou perder. 

Aja no seu ritmo e entenda seu caminhar. 

Arrisque o quanto quiser e puder, mas acima de tudo acredite! 

E como diz Edson Marques: “Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. 
O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda ! 
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!” 

Concordo em número, gênero e grau e faço dela as minhas palavras. 


Seja Feliz! 


Luciana Maria Alves

Fonte: Poema Mude http://mude.blogspot.com.br/

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Luto



Pensando nas pessoas de Santa Maria encontrei esse texto que nos fala sobre o momento do luto e a dor 
de perder alguém que se ama.
Espero que gostem.

Luciana


"Elaborar o luto é viver os sentimentos tais como eles são."

“A morte como perda nos fala, em primeiro lugar, de um vínculo que se rompe de forma irreversível, sobretudo quando ocorre perda real e concreta.  Nesta representação de morte estão envolvidas duas pessoas: uma que é ‘perdida’ e a outra que lamenta esta falta, um pedaço de si que se foi.  O outro é em parte internalizado nas memórias e lembranças.  A morte como perda evoca sentimentos fortes, pode ser então chamada de ‘morte sentimento’ e é vivida por todos nós.  É impossível um ser humano que nunca tenha vivido uma perda.  Ela é vivida conscientemente, por isso é, muitas vezes, mais temida do que a própria morte.  Como esta última não pode ser vivida concretamente, a única morte é a perda, quer concreta, quer simbólica” (KOVACS, 1992).

É interessante avaliar o medo da morte como algo cultural, construído na forma como fomos criados, pois tocamos naquilo que é desconhecido, que um dia viveremos, mas não sabemos quando nem como.  Falo de tudo isto, pois saber lidar com a morte é, na verdade, saber lidar com perdas diárias, mesmo que pequenas. 

Estes sentimentos são similares, porque se perde o envolvimento afetivo e todas as conquistas que podem ser obtidas por meio daquele vínculo que se perdeu, como, por exemplo, o carinho, uma posição de destaque, o reconhecimento, a proximidade, a troca e tantos outros sentimentos e situações que deixam de ocorrer com a perda.

Elaborar o luto é viver os sentimentos tais como eles são: com choro, com reservas, com necessidade de falar; lidar com a raiva, o desapontamento e todas as formas com as quais a pessoa consiga manifestar, a seu tempo, tudo aquilo que sente.  Pessoas de confiança e proximidade são muito importantes neste tempo, mas devem deixar que a pessoa também se manifeste.  Frases como: “não chore, não seja fraco, ele não gostaria de te ver chorando” nem sempre ajudam, uma vez que a forma de manifestar a dor, em cada um de nós, é diferente.  Como percebemos, viver o luto é um processo que, passo a passo, vai sendo superado.  Em datas comemorativas – aniversário, Natal, Dia dos Pais, dentre outras, a pessoa será lembrada e os sentimentos em cada fase serão os mais variados.  Apenas quando os sintomas negativos forem persistentes e duradouros demais, podemos pensar que a superação desta perda e suas etapas não foram bem vividas, tanto no mundo externo quanto interno da pessoa.

Se esses sintomas forem fortemente repetitivos, quando se aproximam essas datas este é um forte sinal de que a pessoa não está vivendo corretamente as etapas necessárias para a sua superação, tanto em seu mundo externo, quanto, principalmente, em seu mundo interno.

Em tudo, lembramos ainda que o conforto espiritual é muito importante e até mesmo diferencial em todas as situações que vivemos, especialmente no luto, pois a fé também é o alimento que nos sustenta nesta caminhada sem aquela pessoa que tanto amamos e de quem tanto sentimos falta.  Sentir e vivenciar este processo doloroso é essencial para este momento de superação, ou seja, lembrar o que foi bom, perdoar as mágoas, não se culpar por aquilo que eventualmente não tenha feito pela pessoa que se foi e acima de tudo, viver esta dor partilhando com alguém, sem medo de chorar e colocar para fora o que sente e, desta forma, podendo superar esta etapa de vida.


Fonte: Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.- 02/11/2011




domingo, 6 de janeiro de 2013

DIA DE REIS

O Dia de Reis é comemorado no dia 6 de janeiro, pois foi o dia em que o menino Jesus recebeu a visita dos Três Reis Magos, que lhe trouxeram muitos presentes.

A data celebra a vinda de Belchior, Gaspar e Baltazar. Neste dia as pessoas retiram todos os enfeites natalinos das casas e desmontam seus presépios e árvores de Natal.

Em alguns países como Espanha e Portugal, as crianças deixam sapatos na janela com capim antes de dormir para que os camelos dos Reis Magos possam se alimentar e retomar a viagem. Em troca, os Reis Magos deixam doces que as crianças encontram no lugar do capim quando acordam.

Após toda a festança de Natal e Ano Novo, agora precisamos desmontar a decoração e assim nos lembrarmos de que neste ano que se inicia existem sentimentos, emoções, ações para ser desmontadas para que o Novo se inicie. Vamos esvaziar os fardos de 2012 e preencher com as novidades que desejamos.

Um ótimo 2013 a todos familiares, amigos, clientes e todos que visitam nosso Blog.

Izabel Rocha