quarta-feira, 30 de maio de 2012

Alimente-se de Motivação!


Acredito que a motivação é a chama que nos mantém firmes, fortes e criativos, para o nosso desafio diário chamado viver feliz!  Há vários tipos de motivação: aquela que é estimulada positivamente pelas pessoas que gostam de nós; a que é estimulada por pressões externas, geralmente de pessoas que trabalham conosco ou esperam algo de nossas performances; e a que ao meu ver é a mais importante de todas: a que está em você, a automotivação!

Tenho certeza de que você conhece pelo menos uma pessoa que tem muita consciência da importância de sua força interna, da importância de acreditar em si mesmo, na sua capacidade, e tira daí a motivação para seguir adiante, apostando em seus sonhos e os concretizando.  É aquele tipo de pessoa que você vê que se propõe a fazer ou obter algo e que mesmo que leve um certo tempo para realizar, consegue atingir seus objetivos com muita garra, muito trabalho, mas também muito prazer.

Esse processo interno de motivação é a conseqüência do que se faz, das suas ações voltadas ao auto-aprendizado, auto-estima e autoconfiança.  A motivação é fundamental para a sua prosperidade, qualidade de vida e realização.  Mas, o maior agente motivador que existe é você mesmo!

Você deve estar pensando no que é que você pode fazer para conseguir motivar-se diariamente.  Bem, em primeiro lugar, você precisa de um objetivo de vida.  Sem ele fica muito difícil ter auto-estima e motivação, aliás, tudo fica muito mais complicado.


Gosto de citar uma história que deixa claro o quanto é importante ter um objetivo de vida.  Um escritor judeu conta que conseguiu sobreviver aos campos de concentração nazistas, mesmo possuindo uma saúde debilitada e uma estrutura física frágil, porque a sua vontade de viver e de concretizar seus sonhos era maior do que as suas limitações.  Ou seja, seu sentido de vida, sua vontade de viver e conseguir concretizar tudo o que sonhava, fez com que se tornasse um homem resistente ao terror que enfrentou, e ainda o ajudou a superar barreiras. 


Há outros pontos também muito importantes para a sua automotivação como:


•  Ter prazer naquilo que você faz, para dar sempre o melhor de si e fazer diferente.  Sim, ter um objetivo de vida e buscá-lo com prazer proporciona grande motivação e autoconfiança.

•  Reconhecer e ser reconhecido por seu valor e importância.  Você tem que dar o melhor de si todos os dias, porque além de passar a se valorizar mais, os outros também vão conseguir identificar o quanto você é importante, o quanto você é imprescindível, pois, pertence a um grupo, é necessário fazer parte dele, e isso o fará buscar sempre mais, ir muito além.

•  Superar-se, buscando desafios.  Isto já faz parte do quanto você é empreendedor na sua vida.  Quando você busca desafios, você consegue se superar, acredita no seu potencial, alcança metas e concretiza seus sonhos.  O desafio torna-o mais criativo e produtivo.

•  Ter bom humor sempre.  Se há uma maneira melhor de enfrentarmos crises e problemas temos a obrigação de usá-la, e o humor é uma das coisas mais importantes para manter nossa energia e motivação em alta!  Assim como a superação, o humor também nos torna mais criativos e produtivos.

•  Elogiar-se e receber elogios.  Eu acredito que nós não fomos educados para elogiar os outros e tampouco elogiarmos a nós mesmos.  É um erro, porque uma das melhores formas de se motivar e ser motivado é dar e receber elogios.  Se o famoso pintor Pablo Picasso fazia suas mulheres - ele foi casado várias vezes - dizerem todos os dias a ele que ele era um gênio, por que é que você não pode fazer elogios e aplaudir a si mesmo?

A partir do momento que você consegue perceber seu valor, você passa a ter muito mais prazer e orgulho do que faz e, conseqüentemente, você se torna uma pessoa com muito mais confiança, auto-estima, sempre motivada e disposta a ir atrás dos seus sonhos.

Então, faça com que as outras pessoas percebam o seu esforço, a sua dedicação.  E, mais do que isso, valorize-se e alimente a sua motivação! 

Leila Navarro




segunda-feira, 28 de maio de 2012

O que é enfermidade?


A enfermidade é um conflito entre a personalidade e a alma.
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Os joelhos doem quando o orgulho não se dobra.
O câncer mata quando não se perdoa e/ ou cansa de viver.
E as dores caladas? Como falam em nosso corpo?
A enfermidade não é má, ela avisa quando erramos a direção.
O caminho para a felicidade não é reto, existem curvas chamadas Equívocos, existem semáforos chamados Amigos, luzes de precaução chamadas Família, e ajudará muito ter no caminho uma peça de reposição chamada Decisão, um potente motor chamado Amor, um bom seguro chamado Fé e um abundante combustível chamado Paciência.
Mas principalmente um maravilhoso condutor chamado Deus., ou como O queiram chamar.

Luiz Mello
Fonte: Doenças Psicossomáticas/ facebook





sexta-feira, 25 de maio de 2012

Quando contar que meu filho é adotado?


 

Vendo hoje na internet sobre o dia da adoção me lembrei de uns dos primeiros pacientes que atendi como estagiaria na faculdade de psicologia, quando realizavamos atendimento sob supervisão do professor, e uma familia procurou o serviço gratuito da faculdade, pois haviam adotado um garoto ainda bebe e naquele momento estava com 7 anos e queriam saber como e quando contar, a fantasia da familia era que ele ao crescer conhecesse e se envolvesse com uma das irmãs biologicas sem saber. Após contarem se surpreenderam, pois o filho ja sabia, ja percebera isto.

É uma escolha muito importante para uma família adotar uma criança, depois de planejamento e orientação, essa decisão enche a casa de alegria para casais que não podem ter filhos biológicos ou que tem filhos naturais e desejam aumentar a família, também traz felicidade para a criança que deseja ter uma família. Depois de ter passado este acontecimento da adoção que existe toda uma adaptação para ambos à nova realidade, começam a surgir às dúvidas, incertezas, perceber o preconceito, e muitas vezes o casal fica diante de uma grande e difícil decisão que é, quando deve contar para seu filho que ele é adotado. 

No caso de adotar um bebe, quanto mais cedo contar é melhor, mesmo que a criança não entenda ainda o significado da palavra, pode explicar que ela é filha do coração ou de uma forma confortável para a família, quando ela estiver mais velha vai compreendendo melhor o significado.

Toda criança chega a uma idade que pergunta aos pais de onde ela veio, e nesse caso o casal deve dizer que ela nasceu de uma outra mãe e outro pai que não tiveram condição de cuidar dela, então esses são os seus pais biológicos.

 Tem que passar confiança, segurança, e tranquilidade, e deverão ser as primeiras pessoas a falar desse assunto com a criança, a partir do momento que ela vem fazer parte da família. E esta é a família dela, quanto melhor o entendimento na família mais fácil de superar o preconceito que sempre existe.

Depois que a criança sabe a verdade, durante todo o tempo ela pede a confirmação em atitudes e comportamentos.

 Se o casal toma a decisão de esconder que seu filho foi adotado, é muito difícil e causa muito sofrimento para eles, e também pode acontecer de a criança descobrir esse segredo sem querer, por outros familiares, ou vizinhos. E se essa descoberta é feita desse modo, pode alimentar um sentimento de que ela foi traída e enganada, e pode ser que perca a confiança em seus pais.

Muitos pais tem medo de serem abandonados ou esquecidos depois que seus filhos descubram a verdade, ou que queira conhecer sua família biológica, mas o vinculo que foi criado naquela família é muito maior do que laço de sangue.

 Se os pais encontrarem dificuldade para contar para seu filho, podem buscar uma ajuda psicológica indo até um profissional dessa área. Existem terapeutas, psicólogos e especialistas prontos para te ajudar.
Izabel Rocha

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fobia Escolar



Quando a criança se recusa a ir para a escola apresentando sintomas ou queixas de mal estar, choro, podemos estar diante de um quadro de fobia escolar. A criança com medo de ir à escola também pode apresentar medo de sair de casa.

A independência de uma criança começa quando ela vai à escola. Atualmente, a criança frequenta a escolinha ou creches com tenra idade. A separação dos pais, principalmente da mãe, pode ser muito penosa para ela. Geralmente, esta mãe é orientada para que fique com a criança na escola nos primeiros dias, até que a criança se acostume com sua nova rotina. Aos poucos, a criança se adapta e começa a gostar do novo ambiente. Interage com os novos coleguinhas e os professores.

O medo de ir à escola pode ser causado por vários fatores: uma professora nova e exigente, dificuldades numa determinada matéria, timidez, dificuldade de relacionamento com os coleguinhas, um colega de temperamento difícil.

Observe e converse com a criança procurando entender o que ela está sentindo.
Reflita sobre as questões abaixo:
  • O motivo da recusa em ir ou ficar na escola está com a própria criança?
  • Está no ambiente familiar ou na escola?
  • Como está seu estado de saúde de uma forma geral, seu desenvolvimento físico, afetivo e social?
  • Será que estou sendo um pai/ mãe permissivo demais ou rígidos demais?
  • Como está o relacionamento dela com os colegas e com a professora?
  • Ela está se adaptando bem aos métodos e regras da instituição?
Muitas vezes os pais fazem com que os filhos sejam muito dependentes e isso os prejudica quando entram na escola, porque na escola terão que demonstrar responsabilidade, obedecer regras e respeitar limites.

Quando uma criança inicia sua vida escolar, encontra um mundo novo com influências, ideias, amizades e oportunidades com as quais nunca havia se deparado antes.  Nessa época ela precisa de muito apoio dos pais, na forma de interesse, ajuda e encorajamento.

Toda criança, independente de sua história ou idade, terá que enfrentar o primeiro dia de aula e esta experiência acarreta ansiedade e insegurança. Afastar-se do aconchego do lar e enfrentar o desconhecido significa um grande salto na vida de qualquer criança.

Por uma questão de necessidade, atualmente os pais estão matriculando seu filho mais cedo na escola e observamos que muitos deles sentem culpa pelo fato de deixá-lo tão cedo e ter pouco tempo para se dedicar a ele.  Neste caso, o sentimento de culpa é transmitido ao filho e isto fará com que sinta abandonado pelos pais. 

A relação dos pais, especialmente da mãe com o filho é muito importante para o seu desenvolvimento, mas não é a quantidade de tempo que conta e sim a qualidade da relação estabelecida que fará diferença. É importante também refletir que na escola a criança terá oportunidades de se desenvolver que em casa não terá, e que por mais doloroso que seja o inicio a criança precisa ir a escola para se adaptar. Caso a dificuldade persista os pais podem procurar ajuda de um Psicólogo para identificar e auxiliar nas dificuldades.

Izabel Rocha

                                                                                   

Transtorno Afetivo Bipolar



O Transtorno Bipolar é uma doença que se caracteriza pela mudança de humor eufórico (episódios de mania) para o deprimido, contando também com períodos de normalidade.  

Não podemos confundir o transtorno bipolar com as alterações de humor cotidianas relacionadas aos estresse, pois essas são momentâneas e desaparecem quando as dificuldades são resolvidas.


Sintomas

A mudança de comportamento de euforia para depressão ou vice-versa é súbita, mas o indivíduo não percebe esta alteração ou a atribui a algum fator do momento, pois o senso crítico e a capacidade de avaliação objetiva das situações ficam prejudicadas ou ausentes.


Tratamento

O tratamento mais indicado é uma combinação de medicamentos com psicoterapia.  O diagnóstico precoce aliado ao tratamento terapêutico é um bom caminho para a melhoria e manutenção da qualidade de vida  do portador desse distúrbio.
A participação da família também é muito importante e é preciso que ela entenda essa doença, pois essa compreensão aumenta a possibilidade de uma vida social produtiva do paciente.

Muitas vezes o ele não percebe que tem esta enfermidade, e é necessário que familiares e amigos estejam bem informados e saibam reconhecer alguns sintomas para poderem encaminhá-lo a um tratamento adequado.


Luciana Maria Alves
Fonte: Psiqweb


terça-feira, 22 de maio de 2012

ADOTE UM ADULTO



Adote um adulto e ensine a ele coisas que ele já esqueceu.  Você pode adotar seu pai, mãe, tio, um amigo, marido, namorado...

O importante é encontrar alguém que precise ser adotado, precise voltar a ser criança.

COMO ESCOLHER?

Humm!!!! É fácil reconhecer os adultos que mais precisam ser adotados.  

Eles costuma ser: ranzinzasmal-humorados e cheios de coisas para fazer.

São sérios demais, vivem reclamando do que fazem, não gostam de barulho, de música ou de coisas inesperadas.


Odeiam surpresas e geralmente não gostam de comer doces ou andar descalços.


Aposto que conhecemos muitos assim ...... 


O QUE FAZER?

Depois que tiver escolhido, chegue perto, de mansinho e, com muita paciência, vá ensinando a ele como ser criança outra vez.

Faça um lindo desenho e dê a ele de presente;


Ensine-o a fazer as nuvens crescerem (na imaginação);
Aprender a gostar de carinho (comece com 1, 2, 3 beijinhos, beijo é bom !!);

Ensine a acreditar em anjos, dragões 
(conte-lhes uma história em que ele será o herói e 
matará o dragão feroz que existe dentro dele);

Ensine a 
chupar pedrinha de gelo, 
a olhar o céu, só por um momento ...


O importante, será não desistir ...
e lembre-se, o que é fácil para nós, 
pode ser difícil para eles.
Muitos esqueceram a criança que existe dentro de cada um...

Autor desconhecido.





quinta-feira, 17 de maio de 2012

18 de maio - Dia da luta antimanicomial


Nas últimas duas décadas, a Psicologia propôs um amplo debate em torno das políticas públicas de saúde mental. Particularmente o Movimento Antimanicomial se destaca como ação política engajada e comprometida com transformação na esfera da saúde pautada, eminentemente, num paradigma interdisciplinar que passou a reformular as noções sobre a loucura.

A loucura no período medieval era representada socialmente como um problema espiritual, uma possessão demoníaca que demandava rituais religiosos para purificação da alma. O sujeito considerado “insano” ou “lunático” era excluído da sociedade e isolado tal como um “leproso”, sendo assim, era flagelado, acorrentado, escorraçado, pois, em tese, era “possuído pelo demônio”. No fim da Idade Média, indivíduos com comportamento “desviante”, foram perseguidos, julgados e queimados vivos seguindo princípios da Santa Inquisição.

A medicina moderna institucionalizou a loucura como uma patologia de origem biológica no sistema nervoso. Diante disso, surge uma linguagem adotada no cotidiano que situa o transtorno mental como uma doença dos nervos. É comum essa noção biológica associada aos transtornos mentais no vocabulário do dia-a-dia quando, por exemplo, afirmamos que um sujeito tem “miolo mole”, “sangue quente”, “problema na cabeça”, “nervos a flor da pele” ou “falta um parafuso na cabeça”.

Ao longo da história da loucura, muitas formas de tratamento foram adotadas, tais como uso de sanguessugas, hipnose ou choque eletro-convulsivo.  Atualmente, é comum o tratamento desumano em instituições de saúde mental, por exemplo, na ausência de cuidados higiene, bem estar coletivo ou estrutura dos prédios, com destaque para indicação desproporcional de medicação hipnótico-sedativos ou anti-psicóticos.

Em 1987 surge, no cenário nacional, o Movimento de Luta Antimanicomial propondo novas alternativas terapêuticas ao indivíduo com transtornos mentais. O início desde movimento foi amplamente divulgado na imprensa e teve um papel fundamental ao trazer à tona muitas histórias e imagens da barbárie que acontecia nos antigos hospícios. Com efeito, este movimento está historicamente ligado à defesa dos direitos humanos, como também incentiva a militância política e social contra a violência institucional praticada nos espaços manicomiais.

A proposta não é apenas tirar o indivíduo do manicômio, soltá-lo nas ruas ou devolvê-lo para sua casa. É necessária uma ampla estrutura de suporte para permitir a integração progressiva do individuo a sociedade e à família, bem como um tratamento psiquiátrico desprovido de doses abusivas de medicamentos. Segundo Marilene Proença, presidente do atual Conselho Regional de Psicologia – SP, o grande desafio da Psicologia é tornar efetivo um tratamento da doença mental embasado numa intervenção humanitária, capaz de resgatar a cidadania e a inserção social de uma população historicamente excluída. Um tratamento que não se limite a prescrição indiscriminada de psicotrópicos, mas que tenha como objetivo o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.

Texto extraido de:
http://www.fev.edu.br/graduacao/breve_historia_da_loucura_e_a_luta_antimanicomial-30-artigo.html

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O que é psicossomática?



O estudo da psicossomática é uma especialidade da medicina e da psicologia que lida com a relação entre uma doença do corpo e a sua origem emocional, psicológica.

As doenças psicossomáticas são provocadas por distúrbios emocionais, como estresse, depressão e descontroles dos processos mentais que podem desenvolver sintomas que provocam danos no corpo humano como: diarreia, herpes, enxaqueca, reumatismo, úlcera, dores nas costas, etc.

Elas podem se apresentar em qualquer sistema do nosso corpo, como por exemplo:

  • Articulações: artrite, artrose, tendinite, reumatismos.
  • Cardiovascular: hipertensão, taquicardia, angina.
  • Dermatológico: vitiligo, psoríase, dermatite, herpes, urticária, eczema.
  • Endócrino e metabólico: diabetes
  • Gastrointestinal: úlcera, gastrite, retocolite
  • Nervoso: enxaqueca, vertigens
  • Respiratório: asma, bronquite
Quando usamos o termo "doença psicossomática" dizemos que a causa é psicológica, mas a pessoa apresenta alterações clínica detectáveis por exames de laboratório, ou seja, o corpo da pessoa está tendo danos físicos.

É uma doença física verdadeira, mas com causa psicológica, ou seja, a doença apareceu no corpo, como uma alergia, por exemplo.

Neste caso a pessoa deve tratar tanto com o psicólogo como com o médico.  Com o médico trata o corpo e com o psicólogo trata a mente, as emoções.


Luciana Maria Alves





sexta-feira, 11 de maio de 2012

A gente se acostuma


A gente se acostuma a levantar cedo para trabalhar, 
Assistir missa aos domingos, ouvir o sino da Matriz tocar, 
Esperar o fim de semana chegar para poder descansar

A gente se acostuma a encontrar gente que vive a reclamar
Gente presunçosa que pensa apenas na aparência
Orgulhosa que não consegue enxergar além de seu próprio umbigo

A gente se acostuma a encontrar gente que planta a felicidade
Em valores materiais, gente que pensa que riqueza são valores
Importantes da vida

A gente se acostuma a enfrentar filas enormes para comprar,
E na hora de pagar a gente se acostuma a devolver metade 
Do que pegou porque o dinheiro não vai dar
Porque a inflação aumentou

A gente se acostuma a ter que pagar para nascer, 
Viver e até para morrer
A ser ignorado, quando precisa-se tanto ser notado
A engolir o choro não chorado quando é criticado

A gente se acostuma a viver apenas de sonhos...
Porque a realidade é dolorosa demais
A gente se acostuma a esperar o dia chegar
Do grande amor encontrar

A gente se acostuma quando o amor chega 
E vemos que não era amor verdadeiro
Então temos que nos acostumar a viver grudado, 
Colado em uma pessoa que traz sua própria história, 
Suas lembranças e pensamentos secretos
Temos que acostumar para não magoar

A gente se acostuma quando perde um grande amor 
E sofre de solidão
A gente se acostuma a sofrer calado recordando 
Não querendo esquecer por não aceitar que não foi correspondido
Nem tentar viver outro amor, para não mais sofrer
Para se livrar da navalha que corta a carne

A gente se acostuma a ficar horas a fio na internet, 
Esquecendo que a vida brilha lá fora
Se acostuma a ver e ouvir, o barulho de chuva, de praias,
De pássaros cantando, da brisa suave...
Esquecendo de curtir uma praia ensolarada
Esquecendo de ouvir o canto da chuva

A gente se acostuma tanto ao consumismo imediatista...
Que esquece de viver e assim aos poucos a vida se esvai 
E a gente se acostuma...

08/11/2004

Autor: Nelim Monti





quarta-feira, 9 de maio de 2012

Irmãozinho chegando !!! E agora ???


Algumas mães que procuram por atendimento psicológico relatam sobre o ciúme e a expectativa ante a chegada do filho caçula e como o mais velho reagiu, ou do receio que sentem, pois planejam uma gravidez e já imaginam que o filho não aceitará.

Quando se deve contar a grande novidade ao futuro irmão? O quanto antes, melhor. Diga ao seu filho que você tem um bebê na barriga e que ele já esteve lá. Explique que o irmãozinho vai somar, não tirar o lugar dele na família. A partir daí começa um empenho para ele curtir cada segundo e diminuir as chances de ciúmes futuros. Afinal, se um bebê novo muda completamente a vida familiar, imagine o mundo de uma criança? “Ela entende a chegada do caçula quase como uma traição”, levará um tempo para compreender que aquele bebê não é uma ameaça. Tranqüilize a criança falando sobre o amor que você sente por ela. “Diga que, da mesma forma que ela ama o amigo, o pai, a mãe e a avó, você também consegue amar muitas pessoas.” Assim que o bebê nascer, intensifique a atenção com o mais velho. Procure incluí-lo nos cuidados com o bebê, pedindo para escolher a roupa ou buscar uma fralda, por exemplo. Quanto a presentes para compensar, jamais. Um presente não amenizará o sentimento, além de ensinar a criança que coisas materiais suprem algum sentimento.
Não se deve ignorar o sentimento do primogênito, por considerar o fato ‘apenas uma fase’. “Os pais devem ter paciência com toda expressão de sentimento da criança, e o ciúme é uma reação emocional normal, que deve ser resolvida com muito diálogo e compreensão.
Existem muitos erros neste momento, conheça alguns:

1. Demorar para contar sobre a gravidez
A criança tem um feeling e deixar para contar que elas vão ganhar um irmãozinho apenas quando ele está prestes a nascer é um engano. As crianças percebem que há algo acontecendo.
2. Deixar o mais velho em segundo plano
“É o principal erro cometido pelos pais”, já que o recém-nascido exigirá mais cuidados e atenção, porém os mais velhos precisam ter assegurados seus lugares na família e, principalmente, o amor que os pais sentem por eles. Isso é possível com diálogo constante e com a participação do filho na preparação do quarto, exames, etc.
3. Omitir explicações
Com a chegada do bebê, podem surgir as primeiras duvidas sobre o nascimento deles. “É um ótimo momento para pais explicarem para os filhos, de uma maneira apropriada para a idade deles, de onde vêm as crianças”.
4. Propagar a chegada do novo amigo
Dizer que o bebê vai brincar com o irmão mais velho é propaganda enganosa já que quando o bebê nasce ainda não interage e o mais velho se sente enganado.
5. Incluir responsabilidades na vida da criança
Cuidado ao dizer que o mais velho cuidará do caçula é um erro, é preciso incluir a criança da nova rotina da casa, porém jamais deixar subentendido que ela terá esta responsabilidade.
6. Negar excessivamente o contato, por cuidado
Pode ocorrer em gestações de alto risco que impedem as mães de carregar peso, o que inclui o filho mais velho, porém basta pedir para alguém segurá-lo e ficar ao lado brincando, ou simplesmente abraça-los, acaricia-los, ler para ele etc. Em gestações normais, as mães podem e devem continuar a brincar e pegar seus filhos mais velhos no colo, jamais afastá-los.
7. Iniciar transformações bruscas no cotidiano
Alguns fatores devem ser tratados com cuidado no período que antecede o nascimento do bebê, como mudança de escola, casa, até mesmo mudar a criança de quarto ou fazê-la dividir o espaço que até então era exclusivo com o caçula pode exacerbar o ciúme. Se isso tiver que ser feito, faça com muito cuidado e diálogo, sempre incluindo o primogênito nas decisões, pontuando como tudo aconteceu na época do nascimento dele, deixando claro que toda atenção e cuidado que está acontecendo neste momento também aconteceu com a sua chegada.
8. Abordagens equivocadas
Quanto menor a criança, mais lúdicas as conversas devem ser sobre a chegada do novo membro da família. Porém, conforme ela cresce, o assunto deve ser tratado de forma mais séria. Com a chegada do bebê, os filhos podem se sentir rejeitados pelos pais. Portanto, é preciso cuidado para que eles não se sintam menosprezados ou subestimados pela forma como o assunto é tratado.
9. Superproteger o mais velho
Embora o primogênito deva participar de todas as decisões e ser inserido na reorganização da rotina, deixar o menor sob os cuidados da babá para dar mais atenção para o maior também é uma cilada. “O mais velho vai achar que isso é normal, mas de repente, o bebê começa a ficar bonitinho, dar risada, andar e a incomodar, ai fica difícil de reverter.
10. Impedir o mais velho de tocar o neném
Permita sempre que eles se toquem. Fique de olho, porque é natural o mais velho querer pegar e as vezes até bater, tenha atenção, mas não mantenha o bebê em uma redoma de vidro, impedindo o mais velho de chegar perto.
11. Ostentar
Mostre a decoração do quarto, mas não fique apontando tudo o que comprou para o irmão mais novo, item por item. Se sentir excluído em relação aos bens materiais pode ser tão prejudicial quanto a falta de atenção, cuidado e carinho. Pior, pode direcionar o raciocínio infantil para todas estas faltas.

Izabel Rocha

Esperamos demais das pessoas



Esperamos demais das pessoas... esperamos tanto, mas tanto, que chegamos a acreditar que elas realmente possam sentir o mesmo que sentimos.  

Quando falamos em desilusão, estamos falando de expectativas não realizadas.  Esperamos demais dos outros, esperamos demais de nós e acabamos criando uma bola de neve com ressentimentos, mágoas, ódio, críticas e principalmente auto-críticas.

Na verdade, acho que a grande vilã dos relacionamentos é a palavra expectativa.  Em todos os relacionamentos, esperar demais talvez seja o maior erro; esperar um sorriso, um abraço ou uma palavra que tranquiliza em um momento de dificuldade, esperar uma atitude diferente, esperar um comportamento diferente...

Mas existe o outro lado não é?  Quando esperamos muito de alguém esquecemos que essa pessoa também está esperando algo de nós.  Talvez ela espere apenas que não nos decepcionemos com ela ou que talvez tenhamos paciência com suas tentativas de corresponder as nossas expectativas.  

Então lembre-se dessa outra pessoa e faça um teste, deixe de esperar algo dela e contente-se com o que ela pode lhe oferecer.
Como dizia São Francisco de Assis: "É dando que se recebe e é perdoando que se é perdoado".

Quanto a mim, vou reler esse texto algumas vezes e aprender com o que eu mesma escrevi.



Luciana Maria Alves





terça-feira, 8 de maio de 2012

Depressão



Depressão é uma palavra que frequentemente é usada para descrever o sentimento de tristeza ou angústia que está presente na maior parte do tempo em nossas vidas.  No entanto, a depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente:  é uma doença como outra qualquer que exige tratamento.

Muitas pessoas pensam que incentivar ou cobrar tentativas de agir das pessoas com depressão é uma forma de ajudá-las.  Infelizmente não é assim.  Quem realmente quer ajudar deve ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste. 

Os sintomas da depressão são variados, vão desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos.  Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais.

  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Alterações de apetite e de sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas.  Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem.  Até que se faça um diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, jugando sempre ser um problema passageiro.

Para afirmarmos que o paciente está deprimido é preciso confirmar que a pessoa sente-se triste a maior parte do dia, quase todos os dias, não tendo prazer ou interesse pelas atividades que apreciava.  Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoas e até mesmo culpando-se pela doença ou pelo problema dos outros.  Com isso surgem os pensamentos de suicídio.  
Portanto, só com a permanência desse quadro por um período superior a pelo menos duas semanas é que podemos ter um diagnóstico.  


Luciana Maria Alves

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Existe idade certa para dar um celular para a criança?


        O celular é o terceiro presente mais desejado pelos pequenos no Dia das Crianças e no Natal, com 9% das intenções, de acordo com pesquisas 35% das crianças ganham o primeiro celular aos 8 anos, mas será que vale a pena dar um celular para os pequenos consumidores?

     É importante pensar se existe a real necessidade de dar um celular para a criança, se elas são pequenas e portanto não tem autonomia para sair sozinhas, não existe necessidade. Para as crianças é difícil relacionar o tempo de ligação ao custo desta, então é mais sábio dar um celular pré-pago o que a ajudará a desenvolver noção de responsabilidade também. Entre os 10 e 12 anos é uma boa idade para lhes dar o celular já que apresentam um maior nível de autonomia, além de boa noção de responsabilidade, portanto o celular realmente é útil e necessário.

      O desejo de ter um celular pode ser um apelo mais consumista do que uma utilidade, os pais precisam verificar porque é importante para a criança ter algo que os outros têm ou se este valor esta sendo transmitido em casa. Existe um outro lado que é o desejo dos pais em saberem onde os filhos estão todo o tempo tornando-se controladores o que pode dificultar a relação pais e filhos. 

     Os pais precisam também auxiliar os filhos sobre o que é necessário e o que é fútil, a futilidade do celular é ficar mandando torpedo e utilizando o aparelho para ficar jogando papo fora e usá-lo como divertimento e não como ferramenta útil à vida diária. A utilidade é ligar pra casa e dizer aos pais que vai sair da escola e ir para casa de algum colega por exemplo. Está é a verdadeira utilidade do celular, manter um canal constante, mas sem exageros de ambos os lados, porque este aparelho é para diminuir as distâncias e facilitar a vida, as crianças precisam aprender a utilizar esta ferramenta com sabedoria, pois inegavelmente o celular estará sempre presente.

Izabel Rocha

A arte de não adoecer


Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos".  Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.  Com o tempo, a repressão dos sentimentos, a mágoa, a tristeza, a decepção degenera até em câncer.  Então vamos confidenciar, desabafar, partilhar nossa intimidade, nossos desejos, nossos pecados.  O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio e poderosa terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão".  A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.  A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões.  A história humana é feita de decisões.  Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros.  As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.  

Se não quiser adoecer - "Busque soluções".  Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.  Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo.  Melhor acender o fósforo que lamentar a escuridão.  Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe.  Somos o que pensamos.  O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências".  Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre passar a impressão de estar bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho, etc., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.  Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas.  São pessoas com muito verniz e pouca raiz.  Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se".  A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima faz com que sejamos algozes de nós mesmos.  Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.  Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores.  Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie".  Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.  Sem confiança, não há relacionamento.  A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste".  O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem a vida longa.  A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.  "O bom humor nos salva das mãos do doutor".  A alegria é saúde e terapia.

Dr. Drauzio Varella