terça-feira, 23 de setembro de 2014


A memória das crianças

          Para formar memórias nosso organismo precisa estabelecer conexões entre as células cerebrais. Assim, codificam uma informação em um evento de memória. Após isso, o cérebro é capaz de organizar as informações recebidas em categorias que se relacionam com outros dados formando o processo de consolidação. Se queremos que a memória armazenada dure é necessário acessar essas memórias e criar novas sinapses (ligações entre neurônios) reforçando as conexões feitas anteriormente. Isto é,  relembrar, e ativar o cérebro constantemente para a renovação da memória.

      Nós humanos, possuímos uma memória seletiva, ou seja, capaz de armazenar estímulos importantes, sendo que os outros estímulos são descartados com o tempo, e colocamos novas informações naquele espaço, se pudéssemos lembrar de todas as informações adquiridas durante a vida isto sobrecarregaria nosso cérebro, não teria utilidade nenhuma lembrar todos os números de telefone de pessoas que você já conheceu, ou todas as ruas por onde passou. Nossa memória está intimamente ligada às emoções, sejam elas boas ou ruins, então nos lembramos de situações significativas com muitos detalhes, um casamento, o nascimento de um filho, a perda de alguém importante.

         Ao nascer os bebês praticam o processo de codificação e como têm limitação de linguagem, responderem de outra maneira aos estímulos, choro, mostrar língua ou pelo riso já demonstram reconhecer alguém.

         Por volta de 1 ano e meio e 3 que a capacidade intelectual da criança aumenta e vai melhorando a memória aos poucos. Aos 4 anos as áreas responsáveis pela memória amadurecem e começam a existir lembranças. Nesta fase é importante estimular as crianças com brinquedos, jogos, cantigas ou historias.  Uma boa memória pode ser fruto  de uma boa herança genética se modificando de acordo com os estímulos e níveis de interesse que a criança recebe e é despertada.

        Na alimentação saudável, o consumo regular de Ômega 3 (encontrada em peixes como o salmão) nas crianças contribui para: A capacidade visual, desenvolvimento cognitivo, proteção aos ossos e diminuição dos níveis de gordura no sangue. Crianças com alimentação muito pobre em nutrientes como em países subdesenvolvidos e que não ingerem as vitaminas necessárias ao desenvolvimento do cérebro até os três anos não desenvolvem seus neurônios e tem um déficit intelectual irreversível.

          A memória pode ser estimulada todo o tempo, e por todos os adultos, pais podem pedir que seus filhos contem como foi seu dia, o que aprenderam, quem são seus colegas de sala, estimular leitura e jogos, professores precisam preparar aulas variando os exercícios para fixar um determinado conceito, variar o tipo de aula utilizando recursos visuais, auditivos, pedindo que os alunos também falem, evitando o mesmo ritmo nas aulas.

         O adulto precisa observar seu filho, seu aluno, perceber se ele está sentindo prazer no que fazem, assim aquela situação será rememorada.

Izabel Rocha

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