sexta-feira, 20 de julho de 2012

Quero um amigo!!!


Dia 20 de julho é uma das datas em que comemora-se o dia do amigo, e decidi escrever sobre as crianças que tem dificuldades em fazer amizades. Normalmente isto se deve á insegurança, que pode se desenvolver desde bem pequena. Quando a criança nasce, ela tece sua rede de relações sociais a partir da família: primeiro com a mãe, estendendo-se para o pai e, depois, ampliando para os outros familiares. Se a criança não passa por essas fases de desenvolvimento social ou se tem dificuldade com essas relações, é possível que ela precise de ajuda, pois as dificuldades nas relações no núcleo familiar se estendem para as outras relações.

Assim ao entrar na escola, essa criança acredita que não vai ser bem recebida, então ela se retrai e o processo de socialização fica defasado. Assim, ela pode não fazer amizades como um processo de defesa, já que tem receio de ser rejeitada. O brincar também contribui bastante para o processo de socialização e ajuda a diagnosticar se há algo de errado. Muitas crianças têm o quarto cheio de brinquedos e brincam sempre sozinhas. Quando ela é colocada num meio social, num espaço livre em que ela possa brincar com os outros, ela fica bloqueada. Brincar dá oportunidades para fortalecer laços afetivos e inclui a questão da troca, em que a criança divide o brinquedo, as atividades, adquire normas e valores. Brincar sempre sozinha, portanto, pode reforçar o egocentrismo infantil e revelar o medo que a criança sente de novas relações. O computador também influencia: ela pode dominar a tecnologia com facilidade, mas evitar o contato com os outros por sentir-se insegura em não saber lidar com a socialização – diferente da relação segura que ela já tem com o computador, por exemplo.

 É na escola que a criança viverá situações mais reais de convívio. O colégio é um espaço muito fértil para que as crianças desenvolvam amizades e as famílias podem e devem alimentar essa possibilidade. Levar o filho com os amigos para um dia no parque ou chamá-los para uma noite do pijama são algumas ideias para os pais ajudarem na construção de vínculos.

O essencial é passar confiança para que a criança se sinta segura também no ambiente escolar. Respeitar o ritmo dela também é necessário. E se, apesar do seu apoio, ainda não ver a criança fazendo amizades, é recomendável procurar ajuda profissional.

Crianças aprendem por observação: vendo como os adultos agem em situações sociais, ela vai desenvolvendo o próprio repertório. Os pais que não se encontram nunca com amigos não estão desenhando esse modelo para o filho. Os pais que valorizam as relações pessoais, portanto, irão mostrar que o filho pode e deve fazer o mesmo. Mas não podemos esquecer que cada criança é diferente da outra e separar o que é característica pessoal e o que é dificuldade.

                                          Izabel Rocha




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