Entre os 18 meses
e os 3/4 anos, quase todas as crianças passam, com menor ou maior intensidade,
por momentos de birras, o que deixa frequentemente os pais irritados, e sem
saber como reagir.
As
birras fazem parte do crescimento, e é uma característica de uma fase em
que a criança procura afirmar-se.
Apesar de ser
difícil lidar com este tipo de comportamento, eles podem tornar-se ótimas
oportunidades de ajudar a criança a aprender a conviver com sentimentos como a
frustração e a zanga, e a desenvolver a capacidade de autocontrole.
A
tarefa dos pais é ensinar à criança outras formas de expressar as suas
necessidades, e a aceitar o fato de que nem sempre lhe fazem a vontade, em vez
de fazer birra.
É necessário
que os pais não tenham receio de dizer não, explicando a razão de o fazerem. Cabe-lhes ensinar aos filhos que as
birras não os farão mudar a sua opinião, e que o seu amor pelo filho não se
alterará.
Em
nossa sociedade os pais trabalham fora, e normalmente por muitas horas, chegando
em casa precisam administrar a vida domestica e muitas vezes não sobra tempo de
qualidade para ficar com as crianças. Por vezes a birra mostra a necessidade de
mais atenção.
Os
pais têm que ser firmes e fazerem respeitar as suas regras. As crianças
assim aprendem que tudo tem limites, e aprendem a viver em sociedade.
Algumas dicas:
Mantenha a calma. Um adulto agitado ou gritando tanto quanto
ela só piora a birra;
Ignore-a. Não tente dialogar no momento de birra olhe
para a criança;
Evite utilizar a força física com a criança.
A birra em si já é tão
“violenta” e descontrolada que bater a criança vai apenas incendiar um fogo que
já está a arder e muito;
Conheça seu filho. As birras podem ser reflexo do cansaço,
fome, stress;
Não ameace com castigos que não vai conseguir
cumprir. Ameaçar que
ela nunca mais brincará em algum lugar, ou que jogará seus brinquedos no lixo
se não consegue fazer isso, tira sua própria autoridade;
Como lidar com birras persistentes? É importante acalma-la, sem ceder ao seu
pedido. Concentre-se no seu estado emocional e não na sua exigência, falando
com ela tranquilamente, de preferência sobre outras coisas. No entanto, se
sentir que as birras da sua criança se tornam mais frequentes e sem sinais de
abrandamento, fale com um especialista;
Converse muito. Finda a birra, é importante conversar com a
criança sobre aquilo que se passou – o que estava certo e o que estava errado,
os motivos para não voltar a acontecer, as consequências de uma futura birra e
as consequências do bom comportamento.
Izabel Rocha
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