Uma nova pesquisa, feita nos Estados Unidos, verificou uma
importante associação entre o consumo de bebidas energéticas e o risco de
desenvolver alcoolismo.
O estudo, foi publicado na edição de fevereiro da revista Alcoholism:
Clinical & Experimental Research, avaliou dados de mais de 1 mil estudantes
universitários, dos quais 10,1% disseram ingerir energéticos pelo menos uma vez
por semana.
Segundo o trabalho, aqueles com elevado consumo de energéticos (52 vezes ou
mais por ano) apresentaram risco significativamente maior de desenvolver
dependência de bebidas alcoólicas e se embebedavam mais e mais cedo (com
relação à idade) do que os demais.
O estudo destaca que os energéticos contêm bastante cafeína e podem levar ao
desenvolvimento de outros problemas, além da perda de sono.
Segundo o trabalho, uma importante preocupação é que a
mistura de energéticos com bebidas alcoólicas pode levar a um estado de “embriaguez
desperta”, na qual a cafeína mascara a sensação de embriaguez sem reduzir os
prejuízos causados pelo estado.
O resultado é que o usuário se sente menos bêbado do que realmente está, o que
pode levar a consumir quantidades ainda maiores de bebida.
“A cafeína não se opõe ou cancela os prejuízos associados com a embriaguez, ela
apenas disfarça os marcadores mais óbvios desse estado. O fato de que não há
regulação a respeito da quantidade de cafeína nas bebidas energéticas é
desconcertante”, disse Amelia Arria, da Universidade de Maryland, um dos
autores da pesquisa. (Agência FAPESP)
Fonte: ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool
e outras Drogas)
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