Muitos
pais se veem em dificuldade quando percebem que o filho está
mentindo, o que fazer? Existe uma fase em que isto é normal? Devemos
nos preocupar?
A
verdade é que todos nós mentimos, mentimos sobre nosso peso,
manequim, horários, ao sermos questionadas por uma amiga se ela está
bonita com aquela roupa, e até com as crianças quando alguém
indesejado toca a campainha ou lhe telefona “diga que não estou”.
Até
os seis anos quando uma criança mente isto constitui a
possibilidade de dizer aquilo que não é, e inventar uma história,
ou seja, a possibilidade de adquirir aos poucos a certeza de que o
seu mundo imaginário corresponde ao mundo real, mas será que
fantasiar é prejudicial? De modo algum. A fantasia é importante
para o desenvolvimento da criança e os pais devem estimulá-la nos
seus filhos de modo saudável e criativo. É importante mostrar às
crianças o que é real e o que não é, e incutir-lhes a noção de
responsabilidade.
Após
os 7 ou 8 anos, a mentira torna-se intencional, pois nesta altura ela
já têm noção dos valores morais e sociais, sabem diferenciar as
verdades das mentiras, e quando o fazem é porque querem fugir às
suas responsabilidades, têm medo de serem castigados, para melhorar
a sua autoestima ou ainda para conquistar o carinho dos pais ou
chamar a atenção. Os pais devem combater as mentiras deliberadas da
criança para se livrar da sua responsabilidade ou levar outro tipo
de vantagem. Desmonte a história contada caso pareça irreal, peça
que lhe conte novamente mais tarde ou em outro dia, filtre a verdade.
Isso pressupõe calma, tempo e habilidade para falar com a criança.
Muitas crianças que convivem em um ambiente muito rígido, também
mentem por temer alguma consequências ou mentem para encobrir a
outra mentira. Castigar a criança duramente por ter mentido não
resolve a situação, nem evita que a situação se repita. É
necessário perceber o que a está angustiando, escola nova,
divorcio, status social. A atitude da criança perante a mentira
depende muito do comportamento do adulto, em particular, dos pais.
Estes devem ajudar a reconstruir os fatos e contribuir para acentuar
o sentido de responsabilidade. Muito frequentemente, os pais mentem
aos filhos ou desvalorizam a sua palavra, encobrem a mentira dos
outros e os filhos tendem a imitar esse mesmo comportamento.
Dizer a verdade corresponde a uma aprendizagem progressiva. Dizer a verdade será para a criança satisfazer aos seus pais, as exigências sociais e até mesmo, a sua própria autoestima, e pode ser um processo difícil de aceitação da realidade.
O problema ocorre quando mentir se torna um hábito, como dizem “mente como respira”; nestes casos, os pais devem preocupar-se quando o seu filho tiver o objetivo claro de fugir sistematicamente à realidade e não enfrentar determinadas situações. Nessa altura, deverão recorrer a apoio psicológico.
Dizer a verdade corresponde a uma aprendizagem progressiva. Dizer a verdade será para a criança satisfazer aos seus pais, as exigências sociais e até mesmo, a sua própria autoestima, e pode ser um processo difícil de aceitação da realidade.
O problema ocorre quando mentir se torna um hábito, como dizem “mente como respira”; nestes casos, os pais devem preocupar-se quando o seu filho tiver o objetivo claro de fugir sistematicamente à realidade e não enfrentar determinadas situações. Nessa altura, deverão recorrer a apoio psicológico.
Izabel Rocha
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