sexta-feira, 30 de março de 2012

Os 20 pedidos filhos de pais separados


Mãe e Pai ...

1 - Nunca esqueçam: eu sou a criança de vocês os dois. Agora, só tenho um pai ou uma mãe com quem eu moro e que me dedica mais tempo. Mas preciso também do outro.
2 - Não me perguntem se eu gosto mais de um ou do outro. Eu gosto de “igual” modo dos dois. Então não critique o outro na minha frente. Porque isso dói.
3 - Ajudem-me a manter o contato com aquele de entre vocês com quem não fico sempre. Marque o seu número de telefone para mim, ou escreva-me o seu endereço num envelope. Ajudem-me, no Natal ou no seu aniversário, para poder preparar um presente para o outro. Das minhas fotos, façam sempre uma cópia para o outro.
4 - Conversem como adultos. Mas conversem. E não me usem como mensageiro entre vocês - ainda menos para recados que deixarão o outro triste ou furioso.
5 - Não fiquem tristes quando eu passar um tempo com o outro. Aquele que eu deixo não precisa pensar que não vou mais amá-lo daqui há alguns dias. Eu preferia sempre ficar com vocês dois. Mas não posso dividir-me em dois pedaços - só porque a nossa família se rasgou.
6 - Nunca me privem do tempo que me pertence com o outro. Uma parte de meu tempo é para mim e para a minha Mãe; uma parte de meu tempo é para mim e para o meu Pai. Sejam consequentes aqui.
7 - Não fiquem surpreendidos nem chateados quando eu estiver com o outro e não der noticias. Agora tenho duas casas. E preciso distingui-las bem - senão não sei mais onde fico.
8 - Não me passem ao outro, na porta da casa, como um pacote. Convidem o outro por um breve instante dentro e conversem como vocês podem ajudar a facilitar a minha vida. Quando me vierem buscar ou levar de volta, deixem-me um breve instante com vocês dois. Não destruam isso, em que vocês se chateiam ou brigam um com o outro.
9 - Vão buscar-me na casa dos avós, na escola ou na casa de amigos se vocês não puderem suportar o olhar do outro.
10 - Não briguem na minha frente. Sejam ao menos tão educados quanto vocês seriam com outras pessoas, como vocês também o exigem de mim.
11 - Não me contem coisas que ainda não posso entender. Conversem sobre isso com outros adultos, mas não comigo.
12 - Deixem-me levar os meus amigos na casa de cada um. Eu desejo que eles possam conhecer a minha Mãe e o meu Pai e achá-los simpáticos.
13 - Concordem sobre o dinheiro. Não desejo que um tenha muito e o outro muito pouco. Tem de ser bom para os dois, assim poderei ficar à vontade com os dois.
14 - Não tentem "comprar-me". De qualquer forma, não consigo comer todo o chocolate que eu gostaria.
15 - Falem-me francamente quando não dá para "fechar o orçamento". Para mim, o tempo é bem mais importante que o dinheiro. Divirto-me bem mais com um brinquedo simples e engraçado que com um novo brinquedo.
16 - Não sejam sempre "ativos" comigo. Não tem de ser sempre alguma coisa de louco ou de novo quando vocês fazem alguma coisa comigo. Para mim, o melhor é quando somos simplesmente felizes para brincar e que tenhamos um pouco de calma.
17 - Deixem o máximo de coisas idênticas na minha vida, como estava antes da separação. Comecem com o meu quarto, depois com as pequenas coisas que eu fiz sozinho com meu Pai ou com minha Mãe.
18 - Sejam amáveis com os meus outros avós - mesmo que, na sua separação, eles ficarem mais do lado do seu próprio filho. Vocês também ficariam do meu lado se eu estivesse com problemas! Não quero perder ainda os meus avós.
19 - Sejam gentis com o novo parceiro que vocês encontrarão ou já encontraram. Preciso também me entender com essas outras pessoas. Prefiro quando vocês não se vêem com ciúme. Seria de qualquer forma melhor para mim quando vocês dois encontrassem rapidamente alguém que vocês poderiam amar. Vocês não ficariam tão chateados um com o outro.
20 - Sejam otimistas. Vocês não conseguiram gerir o seu relacionamento - mas me deixem ao menos conviver bem com isso. Releiam todos os meus pedidos. Talvez vocês conversem sobre eles. Mas não briguem. Não usem os meus pedidos para censurar o outro, tanto mal que ele podia ter sido comigo. Se vocês o fizerem, vocês não terão entendido como eu me sinto e o que preciso para ser feliz.

(Fonte - Tribunal de Família e Menores de Cochem-Zell / Alemanha)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Adaptação Escolar

Observe e converse com a criança procurando entender o que ela está sentindo.
Reflita sobre as questões abaixo:
  • O motivo da recusa em ir ou ficar na escola está com a própria criança?
  • Está no ambiente familiar ou na escola?
  • Como está seu estado de saúde de uma forma geral, seu desenvolvimento físico, afetivo e social?
  • Será que estou sendo um pai/ mãe permissivos demais ou rígidos demais?
  • Como está o relacionamento dela com os colegas e com a professora?
  • Ela está se adaptando bem aos métodos e regras da instituição?
Muitas vezes os pais fazem com que os filhos sejam muito dependentes e isso os prejudica quando entram na escola, porque na escola terão que demonstrar responsabilidade, obedecer regras e respeitar limites.
Quando uma criança inicia sua vida escolar, encontra um mundo novo com influências, idéias, amizades e oportunidades com as quais nunca havia se deparado antes.  Nessa época ela precisa de muito apoio dos pais, na forma de interesse, ajuda e encorajamento.
Toda criança, independente de sua história ou idade, terá que enfrentar o primeiro dia de aula e esta experiência acarreta ansiedade e insegurança. Afastar-se do aconchego do lar e enfrentar o desconhecido significa um grande salto na vida de qualquer criança.
Por uma questão de necessidade, atualmente os pais estão matriculando seu filho mais cedo na escola e observamos que muitos deles sentem culpa pelo fato de deixá-lo tão cedo e ter pouco tempo para se dedicar a ele.  Neste caso, o sentimento de culpa é transmitido ao filho e isto fará com que sinta abandonado pelos pais. 
A relação dos pais, especialmente da mãe com o filho é muito importante para o seu desenvolvimento, mas não é a quantidade de tempo que conta e sim a qualidade da relação estabelecida que fará diferença.
Hoje, a formação dos profissionais que trabalham nas escolas é mais completa e a maioria das escolas já conta psicólogos para orientações.
Existe uma preocupação maior em encarar cada criança como uma pessoa individualizada, em olhar de perto seu processo individual de desenvolvimento.  Com isso tornou-se possível determinar com maior precisão as áreas em que cada criança necessita de maior cuidado e atenção.

Luciana Maria Alves




terça-feira, 27 de março de 2012

Resistência dos pais ao atendimento


Trabalhando com crianças muitas algumas vezes como pode ser difícil para os pais trazer o filho para o atendimento. Se por um lado existe uma preocupação ou uma solicitação de outro profissional, por outro há um receio de mexer nas dificuldades, abrir a ferida.
Quando os pais geram um filho, geram também expectativas de que este será um filho perfeito, afinal é o seu produto, seu investimento e ao se depararem com a situação da dificuldade muitos negam esta realidade por não conseguir visualizar que seu produto perfeito está com um problema.
Esta negação muitas vezes está escondida pelos mais diversos motivos, horários, distancia, custos do atendimento, e acabam adiando, faltando ao atendimentos. A repetição deste comportamento pode indicar o quanto está difícil para aquela família passar pelo processo terapêutico, o psicólogo orientará os pais e conduzirá para o enfrentamento da dificuldade, o problema só será resolvido quando os pais assumirem a dificuldade e procurarem a melhor ajuda para o filho, quanto antes se defrontarem com o problema melhor.

Izabel Rocha

Dia Mundial do Teatro


 Parabéns a todos que, assim como eu, amam o teatro! 
 Luciana

 
O que é teatro?  Uma criança brincando de faz-de-conta?  Ou um ator conhecido fazendo o papel de Hamlet, na peça de mesmo nome do dramaturgo inglês William Shakespeare?

De uma forma ou de outra, o teatro é uma experiência marcante, humana e reveladora.  O palco é o lugar onde nos reconhecemos.  Não é por outro motivo que Shakespeare
aconselhou seus atores a não perderem a simplicidade: "Pois tudo que é forçado deturpa o intuito da representação, cuja finalidade é exibir um espelho à natureza: mostrar à virtude sua própria expressão; ao ridículo sua própria imagem e a cada época e geração sua forma e efígie" (Hamlet, Ato 3, cena 2).

O teatro lida com emoções, colocadas num palco diante de nós.  Chamamos de teatro as obras de arte criadas para serem representadas num palco por atores.  Os atores emprestam o corpo e a voz para viver os personagens criados pelos autores.  Os autores de teatro, por sua vez, são chamados de teatrólogos ou dramaturgos.

No dia 27 de março, no Brasil e em todo o mundo, comemoramos o Dia Mundial do Teatro.  Espetáculos teatrais, encontros e eventos celebram essa arte, ressaltando seu significado e sua importância.  O Dia Mundial do Teatro foi criado, em 1961. pelo Instituto Internacional de Teatro, ligado à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).


*Heidi Strecker é filósofa e educadora.

domingo, 25 de março de 2012

A loucura



A Loucura resolveu convidar os amigos para tomar um café em sua casa. Todos os convidados foram. Após o café, a Loucura propôs:
-          Vamos brincar de esconde-esconde?
-          Esconde-esconde? O que é isso? perguntou a Curiosidade.
-          Esconde-esconde é uma brincadeira. Eu conto até cem e vocês se escondem.
Ao terminar de contar, eu vou procurar, e o primeiro a ser encontrado será o próximo a contar.
Todos aceitaram, menos o Medo e a Preguiça.
-1,2,3,... - a Loucura começou a contar.
A Pressa escondeu-se primeiro, num lugar qualquer.
A Timidez, tímida como sempre, escondeu-se na copa de uma árvore.
A Alegria correu para o meio do jardim.
Já a Tristeza começou a chorar, pois não encontrava um local apropriado para se esconder. A Inveja acompanhou o Triunfo e se escondeu perto dele debaixo de uma pedra. A Loucura continuava a contar e os seus amigos iam e escondendo.
O Desespero ficou desesperado ao ver que a Loucura já estava no noventa e nove. CEM! - gritou a Loucura. - Vou começar a procurar...
A primeira a aparecer foi a Curiosidade, já que não aguentava mais querendo saber quem seria o próximo a contar. Ao olhar para o lado, a Loucura viu a Dúvida em cima de uma cerca sem saber em qual dos lados ficar para melhor se esconder. E assim foram aparecendo a Alegria, a Tristeza, a Timidez...
Quando estavam todos reunidos, a Curiosidade perguntou: Onde está o Amor?
Ninguém o tinha visto.
A Loucura começou a procurá- lo. Procurou em cima da montanha, nos rios, debaixo das pedras e nada do Amor aparecer. Procurando por todos os lados, a Loucura viu uma roseira, pegou um pauzinho e começou a procurar entre os galhos, quando de repente ouviu um grito. Era o Amor, gritando por ter furado o olho com um espinho.
A Loucura não sabia o que fazer. Pediu desculpas, implorou pelo perdão do Amor e até prometeu segui-lo para sempre.
O Amor aceitou as desculpas.
Hoje, o Amor é cego e a Loucura o acompanha sempre!

sexta-feira, 23 de março de 2012

Avaliação de Depressão



Este é apenas um teste que serve para você avaliar a possibilidade de estar sofrendo de depressão.

Responda SIM ou NÃO às perguntas abaixo e anote as respostas.


1- Você se sente sem energia, cansado(a) para realizar tarefas que eram cumpridas sem esforço?

2- Você tem, com frequência, um sentimento de vazio ou quadros de ansiedade?

3- Você tem se sentido mais irritado (a) que o habitual?

4- Você tem tido dificuldades para tomar decisões, concentrar-se no trabalho ou lembrar-se de fatos ocorridos recentemente?

5- Você perdeu o interesse nas atividades físicas em geral?

6- Você tem dificuldades para dormir, acorda no meio da noite ou dorme demais?

7- Você, ultimamente, engordou ou emagreceu muito sem nenhum motivo aparente?
 
8- Você sente com frequência dores de cabeça, de estômago ou na coluna?

9- Você sente que abandonou o seu projeto de vida?
 
10- Você gostaria de ficar sozinho a maior parte do tempo? 


Resultado
Se você respondeu "sim" a mais de cinco ítens, sem nenhuma condição médica que os justifique, você pode estar sofrendo de depressão.

www.ajudaemocional.tripod.com


Saiba que existem tratamentos para a depressão!
Procure um profissional de sua confiança (médico ou psicólogo) e faça uma avaliação mais específica do seu caso.

Luciana Maria Alves




quinta-feira, 22 de março de 2012

Crescer é difícil?



Crescer é um processo natural do desenvolvimento humano, não apenas o crescimento físico, mas o emocional, o tornar-se independente, responder pelas suas ações e tomar decisões conscientes.
Para alguns filhos é um processo por doloroso, deixar de ser o bebe, a criança da casa, assumir um outro papel, que envolve outras responsabilidades que como criança não tinha.
Para os pais também existe dor ao ver o filho crescer, vê-lo como criança grande, adolescente, que faz estes refletirem sobre como eram naquela fase, e talvez até receios, será que ele vai aprontar tudo que eu aprontei, fará as mesmas escolhas que eu fiz..., crescer o tornará responsável e autônomo, e para os pais pode trazer ainda reflexões sobre a iminência do envelhecer.
Esta fase pode trazer sofrimento para pais e filhos, dificuldades em lidar com os novos papeis, toda a família precisa se adaptar a esta nova fase, existirá sofrimento, dor e muita reflexão, caso o sofrimento se torne constante, pais e/ou filhos devem procurar um profissional para auxilia-los com estas mudanças.
Crescer é maravilhoso, é a fase que os pais verão se tudo que fizeram com o filho na infância foi assimilado, verão no crescimento dos filhos o seu crescimento também. Será uma nova fase para todos.

Izabel Rocha

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dia Internacional da Síndrome de Down

    

      Vamos refletir....
      Por iniciativa brasileira, todos os 193 países da ONU passarão a observar oficialmente esta data : o Dia Internacional da Síndrome de Down, 21/3. A data é simbólica porque se refere aos 3 cromossomos 21 que caracteriza quem tem a trissomia do cromossomo 21 (21/3).
        O objetivo do dia é valorizar as pessoas com síndrome de Down e conscientizar a população sobre a importância da promoção dos direitos inerentes às pessoas que nasceram com a síndrome de desfrutar uma vida plena e digna, como membros participativos em suas comunidades e na sociedade.
        Encontrei um site muito legal e recomendo que acessem, tem muitas informações importantes, como as descritas abaixo:

http://www.portalsindromededown.com

  Síndrome de Down na atualidade

Assistimos uma grande evolução do que existe em relação a Síndrome de Down não só no nosso país, mas em todo o mundo. Evoluções na área médica que têm como conseqüência o aumento da expectativa e da qualidade de vida, evoluções na área de estimulação precoce que prepara as crianças para um futuro que ainda não podemos prever, pois há toda uma geração de crianças com Síndrome de Down que vai crescer, tendo recebido numa infância precoce tratamentos inovadores. Temos ainda evoluções na área educacional e também na social. Todo este conjuto vem contribuindo de maneira significativa para o desenvolvimento destes indivíduos que no Brasil, de acordo com as estimativas do IBGE realizadas no censo 2000, são em média 300 mil.
Dentro da psicologia acredito que o advento da ciência cognitiva e da neurociência vem contribuindo para o desenvolvimento de teorias que ajudam os psicólogos a pensar as particularidades e especificidades da cognição da pessoa com Síndrome de Down que até poucos anos atrás era considerado um indivíduo apenas “treinável”. Sabemos atualmente que isso era um mito e que o campo se configurava desta maneira muito em função da falta de pesquisas que pudessem contribuir para este entendimento, e também a segregação social sofrida pelas pessoas com a síndrome, que inibia o desenvolvimento das suas habilidades cognitivas, emocionais e sociais.
Na área de terapia de família os estudos também avançaram e a teorias que emergiram a partir das terapias das relações pais-bebê também estão nos dando novas possibilidades de atuar. Os estudos das “competências dos bebês” humanos desde muito cedo vem trazendo novos horizontes para a área e mostrando a importância deste tipo de intervenção em famílias de crianças com riscos de atraso no desenvolvimento, que inclui a Síndrome de Down.

Inclusão

Toda criança deve ser incluída na sociedade desde que ela nasce.  Ela precisa primeiro ser genuinamente inserida na sua família, senão fica  muito difícil pensar em inclusão escolar e social.  Os pais, muitas vezes, têm um preconceito que é anterior ao nascimento do filho e com freqüência não se dão conta disto até que alguém os aponte.  Com este preconceito internalizado e muitas vezes culpados por estes sentimentos camuflam esta questão. Tal problemática fica evidenciada quando se tenta incluir seu filho na vida escolar e social, portanto, mais uma vez, vemos a necessidade de um trabalho cuidadoso e minucioso junto aos familiares que não se trata de orientação, nem prescrição, pois assim não damos espaço para acolher o lado preconceituoso dos próprios pais e dar-lhes a possibilidade de transformação.
Quando este trabalho é feito ou quando as famílias conseguem realizá-lo de maneira natural a criança está pronta para ser inserida numa esfera maior.  O bebê com Síndrome de Down pode ser inserido na sociedade desde bem pequeno quando freqüenta em seus passeios de carrinho os mesmos lugares que os outros bebês sem Síndrome de Down.  Mais tarde, através da escola haverá uma inclusão mais contundente que colocará a prova o preconceito de cada educador com que a criança se deparar e também o dos outros pais de crianças que freqüentem a mesma escola, no caso de escolas regulares.