sexta-feira, 9 de março de 2012

Falando sobre limites



Quando penso sobre limites ou converso sobre esse assunto com pais ou famílias em meu consultório, sempre me vem a imagem das águas de um rio.  O que seria delas sem suas margens em todo seu percurso?  Quando em excesso pela ação da chuva, essas águas causam inundações e danos ao homem, por não terem o que lhes dê um limite.

Por outro lado, a água represada e devidamente canalizada gera energia, é útil ao ser humano. Assim, também acontece conosco.

Sendo assim, a ausência, excesso ou rigidez de limites não ajudam.  A criança precisa de parâmetros.  A criança não deve se sentir culpada pelos seus atos, mas responsável por estes.

Mas, o que é dar limites?
           De um modo didático, mas sem qualquer intenção de oferecer uma receita de bolo, podemos  dizer que dar limites é:

  • Uma maneira de dar segurança à criança e mostrar que você se importa com ela.
  • Ensinar que existem outras pessoas no mundo e os direitos de uma pessoa acabam onde começam os direitos dos outros.
  • Dizer sim, sempre que possível e, não, sempre que necessário. Dizer não quando necessário é uma forma de mostrar às crianças que nem tudo é possível, e que a vida é assim, cheia de nãos pela frente.
  • Mostrar que não podemos crescer, achando que todos no mundo têm que satisfazer nossos mínimos desejos. Isso é preparar a criança para lidar com questões muito importantes nas relações interpessoais.       
   
 Antes de dar e pedir limites, os pais devem ,principalmente, ter e saber dar limites a si mesmos. Não se consegue educar sem coerência, persistência e tolerância. 
  
Luciana Maria Alves



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