Vamos refletir....
Por iniciativa brasileira, todos os 193 países da ONU passarão a
observar oficialmente esta data : o Dia Internacional da Síndrome de
Down, 21/3. A data é simbólica porque se refere aos 3 cromossomos 21
que caracteriza quem tem a trissomia do cromossomo 21 (21/3).
O objetivo do dia é valorizar as pessoas com síndrome de Down
e conscientizar a população sobre a importância da promoção dos direitos
inerentes às pessoas que nasceram com a síndrome de desfrutar uma vida
plena e digna, como membros participativos em suas comunidades e na
sociedade.
Encontrei um site muito legal e recomendo que acessem, tem muitas informações importantes, como as descritas abaixo:
http://www.portalsindromededown.com
Síndrome de Down na atualidade
Assistimos uma grande evolução do que existe
em relação a Síndrome de Down não só no nosso país, mas em todo o mundo.
Evoluções na área médica que têm como conseqüência o aumento da expectativa e
da qualidade de vida, evoluções na área de estimulação precoce que prepara as
crianças para um futuro que ainda não podemos prever, pois há toda uma geração
de crianças com Síndrome de Down que vai crescer, tendo recebido numa infância
precoce tratamentos inovadores. Temos ainda evoluções na área educacional e
também na social. Todo este conjuto vem contribuindo de maneira significativa
para o desenvolvimento destes indivíduos que no Brasil, de acordo com as
estimativas do IBGE realizadas no censo 2000, são em média 300 mil.
Dentro da psicologia acredito que o advento
da ciência cognitiva e da neurociência vem contribuindo para o desenvolvimento
de teorias que ajudam os psicólogos a pensar as particularidades e
especificidades da cognição da pessoa com Síndrome de Down que até poucos anos
atrás era considerado um indivíduo apenas “treinável”. Sabemos atualmente que
isso era um mito e que o campo se configurava desta maneira muito em função da
falta de pesquisas que pudessem contribuir para este entendimento, e também a
segregação social sofrida pelas pessoas com a síndrome, que inibia o
desenvolvimento das suas habilidades cognitivas, emocionais e sociais.
Na área de terapia de família os estudos
também avançaram e a teorias que emergiram a partir das terapias das relações
pais-bebê também estão nos dando novas possibilidades de atuar. Os estudos das
“competências dos bebês” humanos desde muito cedo vem trazendo novos horizontes
para a área e mostrando a importância deste tipo de intervenção em famílias de
crianças com riscos de atraso no desenvolvimento, que inclui a Síndrome de
Down.
Inclusão
Toda criança deve ser incluída na sociedade
desde que ela nasce. Ela precisa primeiro ser genuinamente inserida na
sua família, senão fica muito difícil pensar em inclusão escolar e
social. Os pais, muitas vezes, têm um preconceito que é anterior ao
nascimento do filho e com freqüência não se dão conta disto até que alguém os
aponte. Com este preconceito internalizado e muitas vezes culpados por
estes sentimentos camuflam esta questão. Tal problemática fica evidenciada
quando se tenta incluir seu filho na vida escolar e social, portanto, mais uma
vez, vemos a necessidade de um trabalho cuidadoso e minucioso junto aos
familiares que não se trata de orientação, nem prescrição, pois assim não damos
espaço para acolher o lado preconceituoso dos próprios pais e dar-lhes a
possibilidade de transformação.
Quando este trabalho é feito ou quando as
famílias conseguem realizá-lo de maneira natural a criança está pronta para ser
inserida numa esfera maior. O bebê com Síndrome de Down pode ser inserido
na sociedade desde bem pequeno quando freqüenta em seus passeios de carrinho os
mesmos lugares que os outros bebês sem Síndrome de Down. Mais tarde,
através da escola haverá uma inclusão mais contundente que colocará a prova o
preconceito de cada educador com que a criança se deparar e também o dos outros
pais de crianças que freqüentem a mesma escola, no caso de escolas regulares.
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