sexta-feira, 9 de março de 2012

O lado emocional da obesidade infantil



Cada vez mais no consultório me deparo com crianças acima do peso, obesas e com problemas de saúde de adulto, como colesterol alto, triglicérides, diabetes. Vejo que a obesidade infantil tem preocupado pais e outros profissionais. O ganho de peso pode ter influência genética, ganho excessivo de peso da mãe durante a gestação, hábito alimentar inadequado, a falta de exercício físico, problemas emocionais ou uma combinação de todos estes prejudicam a boa saúde da criança.
O aspecto psicológico está sempre presente, seja ele como causa ou efeito da obesidade. Como causa, desde cedo algumas crianças começam a comer para acalmar suas emoções ou lidar com as frustrações, ou como efeito, quando após o ganho de peso estas crianças passam a enfrentar o olhar discriminatório da sociedade e a pressão para perder peso.
Os pais que desde cedo adoram ver o filho gordinho e cheio de dobras por acharem um sinal de saúde, acabam muitas vezes cedendo aos maus hábitos alimentares precocemente, pois a criança que desconhece um cardápio saudável acaba solicitando sempre os alimentos mais calóricos, tempos mais tarde estes pais não sabem como frear o apetite por guloseimas e carboidratos.
Não importa como se iniciou o ciclo, é sempre tempo de se reorganizar, solicitar uma avaliação do pediatra para ver o real estado de saúde da criança, mudar hábitos alimentares, já que a alimentação da criança é reflexo dos hábitos alimentares errados dos adultos, propiciar atividades físicas e se necessário procurar ajuda de um psicólogo para trabalhar a parte emocional durante o processo e auxiliar o processo de perda de peso.

Izabel Rocha

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