Cada vez mais no
consultório me deparo com crianças acima do peso, obesas e com problemas de
saúde de adulto, como colesterol alto, triglicérides, diabetes. Vejo que a
obesidade infantil tem preocupado pais e outros profissionais. O ganho de peso pode
ter influência genética, ganho excessivo de peso da mãe durante a gestação, hábito
alimentar inadequado, a falta de exercício físico, problemas emocionais ou uma
combinação de todos estes prejudicam a boa saúde da criança.
O aspecto psicológico
está sempre presente, seja ele como causa ou efeito da obesidade. Como causa, desde
cedo algumas crianças começam a comer para acalmar suas emoções ou lidar com as
frustrações, ou como efeito, quando após o ganho de peso estas crianças passam
a enfrentar o olhar discriminatório da sociedade e a pressão para perder peso.
Os pais que desde
cedo adoram ver o filho gordinho e cheio de dobras por acharem um sinal de
saúde, acabam muitas vezes cedendo aos maus hábitos alimentares precocemente,
pois a criança que desconhece um cardápio saudável acaba solicitando sempre os
alimentos mais calóricos, tempos mais tarde estes pais não sabem como frear o
apetite por guloseimas e carboidratos.
Não importa como se
iniciou o ciclo, é sempre tempo de se reorganizar, solicitar uma avaliação do
pediatra para ver o real estado de saúde da criança, mudar hábitos alimentares,
já que a alimentação da criança é reflexo dos hábitos alimentares errados dos
adultos, propiciar atividades físicas e se necessário procurar ajuda de um
psicólogo para trabalhar a parte emocional durante o processo e auxiliar o
processo de perda de peso.
Izabel
Rocha
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